Caso Sandra: Brasil Urgente entra em apartamento que aconteceu o crime

Cabeleireira foi morta a facadas e ficou dois dias dentro do imóvel até ser encontrada por uma amiga; ex-namorado é o principal suspeito

Por Clara Nery

Foi no nono andar de um prédio, no centro de São Paulo, que a cabeleireira e mãe de um bebê de oito meses foi morta a facadas pelo ex-namorado Daniel Ospina. O corpo de Sandra Maria de Souza ficou dois dias dentro do imóvel até ser encontrada por uma amiga.

O Brasil Urgente entrou com exclusividade no local, que é alugado e já teve quase todos os móveis e objetos levados para casa de familiares da vítima.

No quarto onde o corpo de Sandra ainda há tem pelo menos um móvel: o berço onde a bebê estava ao lado da mãe. O local ainda vai precisar de limpeza, já que tem manchas de sangue nas paredes e no chão.

A produção do Brasil Urgente também conversou com uma funcionária do salão onde a vítima trabalhou até uma semana antes de morrer. Na mensagem, ela explica que Sandra começou a faltar muito no serviço e que depois que começou a namorar dispensou a cabeleireira do trabalho.

Familiares e amigos relatam que o relacionamento dos dois era conturbado. No apartamento da vítima a perícia encontrou muitas digitais de Daniel Ospina nos objetos. Além disso, há diversas imagens das câmeras de segurança que mostram ele entrando e saindo várias vezes no prédio, no dia do crime.

Para os investigadores não há dúvidas de que Daniel é o assassino. A Polícia Civil está na ruas para localizar o criminoso que vai responder pelo crime de feminicídio e abandono de incapaz.

O caso

Sandra Maria de Sousa Silva, de 34 anos, foi encontrada morta em um apartamento na Sé, bairro da região central de São Paulo, na tarde do último domingo (24). Segundo informações iniciais, ela ficou por dois dias sem atender ao telefone e nem responder mensagens.

No sábado (23), uma amiga que mora no mesmo prédio foi até o apartamento da cabeleireira, bateu várias vezes na porta, mas ela não atendeu. A amiga sentiu um forte cheiro vindo do interior do imóvel e decidiu chamar um chaveiro. Assim que o profissional abriu a porta, Sandra foi encontrada morta a facadas em cima da cama. 

Ao lado, no berço, estava a filhinha de oito meses da vítima, há dois dias trancada no local com o corpo da mãe em decomposição. A criança tinha sinais de desidratação e marcas avermelhadas nas pernas, que segundo a equipe médica, podem ser de tentativas frustradas de sair do berço. 

A mulher teria comentado com algumas amigas que o namorado tinha um comportamento agressivo e que, por isso, havia terminado a relação e pedido que ele fosse embora. Segundo testemunhas, o homem, identificado pela Polícia como Daniel Ospina, foi a última pessoa a ser vista no apartamento da vítima. Ele foi flagrado por câmeras de segurança chegando ao prédio duas horas antes do crime.

A ocorrência foi registrada como feminicídio e violência doméstica na 1ª Delegacia de Defesa da Mulher de São Paulo.

O suspeito

Daniel é considerado foragido e também pode responder por abandono de incapaz, já que deixou o bebê trancado por dois dias dentro do imóvel ao lado do corpo da mãe.

A prisão temporária do criminoso já está decretada pela Justiça. A Polícia Civil teve acesso a uma troca de mensagens entre ele com uma amiga do casal. Na conversa, o Daniel admite que cometeu o crime por raiva e sugere que Sandra teria feito um aborto de um filho seu. Só que no exame necroscópico, o IML descartou a gravidez.

O mexicano entrou de forma ilegal no país e usava um nome falso. Segundo a Polícia Civil, Daniel já está há muitos anos no Brasil. A primeira passagem dele pela polícia foi registrada em 2014.

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