Polícia pede prisão de suspeito e nega gravidez de cabeleireira morta em SP

A Polícia continua procurando Daniel Ospina, principal suspeito de matar Sandra Maria de Sousa

Da redação

A Polícia continua procurando pelo homem identificado como Daniel Ospina, principal suspeito de matar Sandra Maria de Sousa, cabeleireira encontrada morta ao lado da filha de 8 meses, na região central da cidade de São Paulo.

O suspeito foi flagrado por câmeras de segurança saindo do apartamento da vítima na noite do crime, na sexta-feira (22). Na portaria, ele se identificava apenas como "Davi". A Polícia solicitou à Justiça o pedido de prisão de Daniel Ospina. De acordo com os investigadores, o mexicano utilizava três nomes diferentes.

O ex-namorado de Sandra já tem passagens pela Polícia por furto e tráfico de drogas e estava sofrendo processo de expulsão do país pela Polícia Federal.

Sandra teria dito que estava grávida de um mês e que tinha terminado com o suspeito há pouco tempo porque ele havia demonstrado um comportamento violento. Mas, segundo o laudo do IML divulgado nesta segunda-feira (25), a vítima fazia uso de um contraceptivo interno e não estava gestante.

A bebê de oito meses, filha de Sandra, que foi encontrada desnutrida e com machucados no interior do berço, já recebeu alta do hospital e está com familiares da vítima.  

O caso

Sandra Maria de Sousa Silva, de 34 anos, foi encontrada morta em um apartamento na Sé, bairro da região central de São Paulo, na tarde do último domingo (24). Segundo informações iniciais, ela ficou por dois dias sem atender ao telefone e nem responder mensagens.

No sábado (23), uma amiga que mora no mesmo prédio foi até o apartamento da cabeleireira, bateu várias vezes na porta, mas ela não atendeu. A amiga sentiu um forte cheiro vindo do interior do imóvel e decidiu chamar um chaveiro. Assim que o profissional abriu a porta, Sandra foi encontrada morta a facadas em cima da cama. 

Ao lado, no berço, estava a filhinha de oito meses da vítima, há dois dias trancada no local com o corpo da mãe em decomposição. A criança tinha sinais de desidratação e marcas avermelhadas nas pernas, que segundo a equipe médica, podem ser de tentativas frustradas de sair do berço. 

A mulher teria comentado com algumas amigas que o namorado tinha um comportamento agressivo e que, por isso, havia terminado a relação e pedido que ele fosse embora. Segundo testemunhas, o homem, identificado pela Polícia como Daniel Ospina, foi a última pessoa a ser vista no apartamento da vítima. Ele foi flagrado por câmeras de segurança chegando ao prédio duas horas antes do crime.

A ocorrência foi registrada como feminicídio e violência doméstica na 1ª Delegacia de Defesa da Mulher de São Paulo.

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