A investigação sobre os ataques à cidade de Araçatuba, no Noroeste de São Paulo, na madrugada de segunda-feira (30) já conseguiu prender sete envolvidos nos crimes. As informações são do Brasil Urgente.
A polícia já sabe que a quadrilha que atacou as agências bancárias do município é da região de Campinas, a 450 km de distância, e planejava o assalto há pelo menos dois meses.
“Certamente essas quadrilhas contam com informações privilegiadas oriundas do próprio sistema bancário”, disse o promotor Lincoln Gakiya à reportagem.
“Às vezes a polícia tem dificuldade junto aos bancos de obter essas informações justamente para que possa fazer um reforço no policiamento nessa área nessas datas, e as quadrilhas cada vez mais organizadas conseguem essas informações”, completou.
As reuniões da quadrilha aconteciam na casa de Cleiton da Silva, assaltante conhecido do polícia, preso com base em informações de inteligência. Ele foi levado à sede da Polícia Federal em Araçatuba, que assumiu a investigação do mega assalto.
Cleiton é ligado ao PCC (Primeiro Comando da Capital) e confessou participação no crime. Ele saiu da penitenciária de Penápolis (SP) há um ano e meio, e ainda tem oito anos de penas para cumprir por assaltos em 2012 e 2017.
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Ataques a bancos são registrados em Araçatuba (SP); moradores foram feitos reféns 1/8
Em Piracicaba, também no interior paulista, dois suspeitos procuraram atendimento médico, baleados com tiros de fuzil. A participação deles no assalto de Araçatuba foi confirmada.
Ambos estão internados sob escolta. Por segurança, o local onde estão é mantido em sigilo.
Um casal preso pela Polícia Militar ainda em Araçatuba confessou que estava ali para dar carona aos criminosos em fuga. Um quinto bandido preso foi baleado e internado em um hospital da cidade.
O primeiro identificado havia sido Jorge Carlos de Melo, morto durante o assalto. Ele tinha várias passagens pela polícia e também era integrante do PCC.
Nos carros abandonados pela quadrilha, a polícia encontrou parte do dinheiro roubado. A quadrilha levou cerca de 20% da quantia que havia na agência atacada.