A Polícia Militar de São Paulo já encontrou 93 bombas espalhadas em diferentes regiões de Araçatuba, no interior de São Paulo. Os explosivos foram deixados pela quadrilha que assaltou agências bancárias e causou terror no município na madrugada da última segunda-feira (30). As informações são do Brasil Urgente.
Desde o início da manhã desta terça (31), agentes do GATE (Grupo de Ações Táticas Especiais) trabalharam para localizar, analisar e neutralizar as bombas.
“Já estão sendo todas destruídas. Existe um aterro sanitário na região, um terreno grande e apropriado para os policiais fazerem esse manuseio. Eles estão ao longo do dia fazendo a inutilização dos artefatos. É uma operação grande para restabelecer a tranquilidade e a ordem na cidade”, disse o tenente Maxwel.
Mais cedo, a polícia prendeu três suspeitos de envolvimento no ataque. Um deles seria do setor de “inteligência” da quadrilha e não teria ido a campo participar do assalto. Outros dois foram presos em Piracicaba (SP). As identidades não foram reveladas.
Ao todo, sete pessoas foram presas: dois suspeitos já haviam sido presos logo após o crime, um morreu em confronto com a polícia durante a fuga e outro foi baleado e segue internado na Santa Casa de Araçatuba. O sétimo suspeito teve a prisão confirmada nesta terça (31).
O homem que morreu era Jorge Carlos de Mello, de 38 anos, integrante da facção criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital). Ele tinha uma extensa ficha criminal e sete passagens pelo sistema carcerário.
Assalto em Araçatuba
A cidade de Araçatuba, no noroeste do estado de São Paulo, foi alvo de um pesado ataque na madrugada desta segunda-feira (30), em uma ação característica do chamado “novo cangaço”.
A partir das 23h50 de domingo (29), dezenas de criminosos ocuparam regiões do município com explosivos e armas de grosso calibre, como fuzis e metralhadoras. Nas horas seguintes, roubaram três agências bancárias.
Segundo testemunhas, eram pelo menos 30 criminosos. Durante mais de duas horas houve troca de tiros com os policiais. A sede de um Batalhão da Polícia Militar também foi atacada.
Ao longo da madrugada, para evitar disparos policias, a quadrilha chegou a usar reféns como escudos humanos. Alguns deles foram colocados sobre os carros usados nos crimes.
A investigação aponta que dez carros e um drone foram usados pela quadrilha na ação. O grupo conseguiu fugir com uma quantia em dinheiro, mas ainda não se sabe quanto.
Na fuga, carros e caminhões em chamas foram espalhados por entradas da cidade, de forma a atrapalhar o acesso da polícia.
Inicialmente, três pessoas morreram em decorrência dos ataques.