Aluna relata que seria alvo de atirador, mas arma falhou: "Mirou na minha cara"

“Eu só abaixei a minha cabeça e pedi para Deus me livrar do mal. Aí ele mirou na minha cara, e ele não conseguiu disparar”, contou estudante da Escola Sapopemba

Da redação

O quarteirão onde fica a Escola Estadual Sapopemba, na Zona Leste de São Paulo, foi isolado para o trabalho de perícia. Foi lá dentro que um estudante de 16 anos disparou contra colegas durante a manhã desta segunda-feira (23). Em um áudio gravado por uma das alunas, ela conta que chegou a ver o atirador na porta da sala de aula.

“Graças a Deus, eu consegui sair da escola, mas que cena horrível, gente. Tudo começou quando a gente ouviu um disparo no corredor. A gente estava de aula vaga. Uma menina da minha sala foi fechar a porta. Na hora que ela fechou a porta – a minha sala é a primeira do corredor –, o menino veio, colocou o pé e começou a atirar com essas armas em que se dispara uma vez e recarrega”, lamentou a aluna.

No relato, a jovem informou que ficou sob a mira do atirador, mas que a arma não disparou.

“Aí eu não sabia o que fazer. Eu só abaixei a minha cabeça e pedi para deus me livrar do mal. Aí ele mirou na minha cara, e ele não conseguiu disparar”, continuou a adolescente.

No ataque, Giovanna Bezerra da Silva, de 17 anos, foi baleada na cabeça. Ela chegou a ser socorrida, mas morreu no hospital. Mais duas adolescentes, ambas de 15 anos, também foram atingidas pelos disparos. Ambulâncias do Samu chegaram logo na sequência. Um quarto aluno se machucou durante o tumulto.

Após os disparos, o próprio adolescente se entregou. A Polícia Militar (PM) chegou cerca de três minutos depois e conduziu o garoto para a delegacia. A arma usada no ataque, segundo o governo de São Paulo, foi um revólver calibre 38 e pertence ao pai do adolescente.

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