Os pais de Jimi aguardam pela sanção do futuro governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, para obter um remédio à base de cannabis, nome técnico da maconha. O pequeno, diagnosticado com um tipo de autismo que o impedia de falar, faz o tratamento com óleo canábico e em pouco tempo, o resultado apareceu.
“Para nossa surpresa, 18 dias depois, ele começou a falar. Logo descobrimos que ele já sabia ler, então foi uma cascata de coisas positivas assim que ele fez o tratamento”, disse o radialista Diego Pelloso, pai de Jimi. Apesar da eficácia, o valor do medicamento é alto e o casal precisou entrar com um pedido na Justiça para conseguir o remédio pelo Estado.
A publicitária Camila Monte Blanco explica que só o medicamento custa R$ 2 mil. “Com as terapias, o montante vai até R$ 10 mil, então fica pesado de manter”, explica. Mas recentemente, a Assembleia Legislativa de São Paulo aprovou um projeto de lei que possibilita a distribuição do remédio pelo SUS, tornando-o mais barato e acessível. O projeto segue para sanção do governador.
Para a médica especialista em endocanabinologia, Paula Dall'stella, a cannabis é positiva para o tratamento de diversas doenças. “Há vários aspectos favoráveis do medicamento, em doenças como depressão, ansiedade, na área da oncologia, pediatria, síndromes raras…então a função mais importante da lei é dar o acesso a uma gama de pacientes que não teriam a oportunidade de fazer o tratamento”, analisa.