Bolsonaro diz que Petrobras poderia esperar um dia para fazer reajustes

Segundo o presidente, os impactos dos reajustes seriam menores se fossem feitos após a aprovação de projetos no Senado

Da redação

O presidente Jair Bolsonaro (PL) criticou, nesta sexta-feira, 10, a Petrobras pelo anúncio do reajuste dos combustíveis. O chefe do executivo lamentou o fato de a companhia não ter esperado a aprovação de dois projetos que visam estabilizar o preço da gasolina, diesel e gás de cozinha.

“O reajuste anunciado pela Petrobras, ontem, a vigorar a partir de hoje, em vez de R$ 0,9, será R$ 0,3 na bomba. Eu lamento apenas a Petrobras não ter esperado um dia a mais para anunciar o reajuste, mas parabéns a Câmara, Senado e nossos ministros que trabalharam neste projeto”, disse o presidente.

A declaração de Bolsonaro foi durante o lançamento do Plano Nacional de Fertilizantes. Na cerimônia, outras autoridades políticas e ministeriais estavam presentes como a ministra Tereza Crista (Agricultura), Bento Albuquerque (Minas e Energia) e Paulo Guedes (Economia). 

O reajuste de ontem do litro gasolina foi de 18,8%. O do diesel, 24,9%. Do gás de cozinha, 16,1% o quilograma. A estatal justifica que esses valores refletem parte da alta internacional de preços de petróleo, impactados pela oferta limitada frente a demanda mundial por energia.

Diante da alta de preços nas bombas, inclusive com filas em postos de ontem para hoje, além da alta na inflação de fevereiro, a maior desde 2015, o ministro Paulo Guedes disse que profissionais técnicos “atacam” os problemas econômicos que o país enfrenta. O gestor usou a pandemia e guerra na Ucrânia para justificar a atual situação do Brasil.

“Quando o Brasil começava a se levantar [da primeira onda da pandemia de covid-19], veio uma segunda onda mais potente. Reagimos com as vacinas. E agora atravessamos esta onda. Quando o Brasil se levanta, está em pé novamente, sofre um novo impacto, nova guerra. Apesar de distante, nos atinge num ponto vulnerável, mas que já estava sendo atacado por comitês interministeriais”, pontuou Guedes. 

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