O reajuste de preços anunciado pela Petrobras serviu para tranquilizar o mercado e afastar a possibilidade de congelamento de preços, segundo avaliação de Celson Plácido, diretor de investimentos da Warren. No entanto, a medida não elimina completamente a desconfiança em relação a possíveis interferências do Governo Federal na companhia.

 As ações da Petrobras fecharam o dia com alta de 3,5%.

Segundo Celson Plácido, o reajuste pegou o mercado de surpresa, uma vez que ocorreu em meio as discussões no Congresso sobre redução de impostos sobre os combustíveis: O diretor de investimentos da Warren destaca que a possibilidade de interferência do governo na Petrobras hoje é pequena, mas existe.

Celson Plácido lembra que historicamente os governantes brasileiros tentaram segurar o preço dos combustíveis com medidas artificiais. Ele ressalta que isso é perigoso, já que causa um alto risco de desabastecimento.

A solução para evitar novos aumentos, de acordo com o especialista, seria a redução do ICMS que incide sobre os combustíveis:

No curto prazo, a alta volatilidade e a imprevisibilidade, provocadas pela guerra na Ucrânia, permanecem, segundo o especialista. Mas com o tempo, Celson Plácido ressalta que o preço do barril do petróleo deve voltar para menos de cem dólares, o que reduziria a pressão sobre a Petrobras.