O presidente Jair Bolsonaro deverá ter alta nesta quarta-feira (05) do Hospital Vila Nova Star, na zona sul de São Paulo. A informação foi confirmada pelo médico Antônio Luiz Macedo ao repórter Lucas Jozino, da Rádio Bandeirantes.
A decisão da alta depende de uma nova avaliação que acontecerá nesta manhã. Segundo os boletins médicos mais recentes, o presidente está reagindo bem aos medicamentos e já não necessita da sonda nasogástrica para se alimentar.
Bolsonaro foi internado inicialmente para passar por exames na madrugada da última segunda (03). Na ocasião, a instituição informou que ele apresentava “suboclusão intestinal” e seguiria hospitalizado.
O médico do presidente falou com exclusividade à Rádio Bandeirantes e explicou o quadro. De acordo com Macedo, Bolsonaro apresenta problemas semelhantes com certa frequência porque possui um aparelho digestivo “muito sensível e delicado” devido à facada sofrida durante a campanha eleitoral de 2018.
“Então, às vezes, uma comida que desce um pouquinho mais diferente pode causar essa obstrução, mas não significa que ele vai ter que ser operado. Às vezes, com o próprio mecanismo digestivo, ela é expelida para baixo. Foi assim meses atrás. Ele veio, ficou dois ou três dias internado, melhorou significativamente e teve alta sem cirurgia”, disse.
Primeira internação
No dia 18 de julho de 2021, Bolsonaro teve alta na mesma unidade hospitalar na capital paulista. Ele ficou internado por quatro dias por fortes dores abdominais devido a obstrução intestinal.
Durante o período de internação, Bolsonaro posou para fotos com outros pacientes e até inaugurou, de forma remota, uma agência da Caixa Econômica Federal na cidade de Missão Velha, no Ceará.
Facada durante campanha de 2018
As complicações de saúde que o presidente Jair Bolsonaro enfrenta são, segundo os médicos que o acompanham, consequência do ataque que sofreu enquanto ainda era candidato durante a campanha de 2018, em Juiz de Fora (MG).
A Polícia Federal escolheu um delegado que já investigou a facção criminosa PCC para apurar o atentado. Martin Bottaro Purper está há 17 anos na PF. Ele vai buscar informações para julgar se Adélio Bispo, o responsável pelo ataque, agiu sozinho ou se atuou a mando de alguém.
A reabertura do caso foi determinada pelo Tribunal Regional Federal da 1ª Região em novembro do ano passado depois de um pedido da defesa do próprio presidente. O TRF-1 autorizou que a polícia quebre os sigilos bancário e telefônico do advogado Zanone Manuel de Oliveira, um dos defensores do acusado.
Nas duas investigações anteriores, a PF concluiu que ele agiu sozinho.