A advogada Sara Silva Raimundo, de 32 anos, morreu após ter parada cardíaca durante voo do Rio de Janeiro a Houston, no Texas, na última sexta-feira (21). Ela chegou a ser encaminhada para um hospital de Nova Orleans, em Louisiana, após pouso de emergência.

O objetivo da viagem era participar de um evento sobre empreendedorismo no Vale do Silício, que aconteceria na Califórnia. De acordo com a família, Sara chegou a receber primeiros socorros no voo e foi encaminhada ao hospital mais próximo, onde faleceu.  

Agora, familiares da advogada buscam recursos para trazer o corpo de volta ao Brasil. Todos os custos funerários de um brasileiro que morre em outro país são de responsabilidade da família, de acordo com o Ministério das Relações Exteriores.  

Isso vale tanto para o embalsamento e transporte de volta ao país quanto para os gastos lá fora, caso os parentes optem pelo sepultamento no exterior. 

A empresa funerária nos Estados Unidos deverá coordenar-se com a funerária no Brasil, que será responsável por todos os procedimentos relativos à entrada e desembarque do corpo em território brasileiro à documentação referente ao enterro, informa o órgão.

Custos de despesas funerárias entre exterior e Brasil

Serviços consultados por Band.com.br apontam custo médio de 8,9 mil dólares - cerca de R$45 mil - para transporte dos Estados Unidos ao Brasil, urna, embalsamento e assessoria para conseguir a documentação.

No comunicado em que pede ajuda com as despesas, os familiares de Sara apontam os seguintes custos internacionais:

• US$21,4 mil (cerca de R$112 mil) para serviços funerários;
• US$15 mil para processos burocráticos (cerca de R$76 mil), que incluem um representante da família presente nos Estados Unidos.

As doações para ajudar no traslado da advogada são recebidas pela irmã dela, Tamires Raimundo, através da chave Pix tamires.sr456@gmail.com.

Carreira de Sara Raimundo

Sara estudou na Faculdade Nacional de Direito (FND) da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Também cofundou a empresa UnicaInstancia, especializada em ajudar consumidores das classes C, D e E a resolverem problema jurídicos ligados a despesas de luz, internet e similares.

“Mulher, negra, periférica, órfã de mãe, empreendedora, sonhadora, determinada e resiliente, Sara inspirou todos a sua volta. Dedicou-se à pesquisa acadêmica em sua graduação, viajando para países como Portugal e Canadá, com o apoio financeiro de muitos, para apresentar o seu trabalho”, diz trecho da nota de falecimento divulgada pela família.