De volta ao Os Donos da Bola depois de período de férias, o apresentador Neto falou pela primeira vez sobre o caso envolvendo o lateral-direito Daniel Alves. O jogador está preso preventivamente na Espanha, e sem direito a fiança, acusado de agressão sexual a uma mulher em uma boate em Barcelona, no fim do ano passado.

“Eu deixei para falar do Daniel Alves hoje. Minha abertura é sobre ele. Primeiro, sobre a CBF, que não mandou nenhum comunicado, não disse absolutamente nada em relação ao jogador que o Tite convocou para a Seleção Brasileira [para a Copa] para ser o mentor, o cara experiente, para ajudar os mais jovens. Perdemos, não jogou. Arrebentou com o São Paulo, ganha R$ 400 mil na cadeia. Lugar de estuprador é na cadeia, irmão. É na cadeia. É o pior ser humano de todos. Não tem ser humano pior que o estuprador”, iniciou o apresentador.

“E vamos lá. Quatro versões mentirosas, disse que não conhecia... você, Daniel Alves, é um estuprador. E quando tiver a parada toda, se você não for condenado aí na Espanha, me processe. Não tem problema nenhum. No Brasil, em 2021, tivemos um estupro a cada 10 minutos. Você sabia disso? Sabia que poderia ser a sua mãe, sua filha, sua esposa? Uma criança? Eu quero que a carreira dele se exploda, que ele se exploda. Aqui nós estamos acostumados a isso, a não pensar na vítima, na mulher, na criança”, acrescentou Neto.

Em seguida, o apresentador criticou parte da imprensa esportiva que, segundo ele, falou mais sobre a convocação do jogador para a Copa do Mundo no Qatar do que sobre o caso de acusação de agressão sexual.

"Nesse país, se falou mais de você [Daniel Alves] quando foi para a Copa... ninguém vai falar nada? Vão ficar tudo quieto? Os puxa-sacos da Seleção Brasileira, os caras que estavam lá comendo ouro. Os caras que jogavam com ele. Não vão falar nada?”, questionou o ídolo do Corinthians.

“Não adianta querer comprar a família de ninguém não, hein? Vocês nesse país deveriam falar [sobre o caso] todos os dias. Para os jogadores de futebol não acharem que podem fazer tudo. Jogador de futebol, como eu, é uma pessoa normal. Agora, privilégio de estuprar alguém, de matar alguém… não tem”.