Ex-campeã peso-palha (52,1 kg), Jéssica Bate-Estaca está empolgada com o retorno do UFC para o Brasil. O evento 283, que será realizado no Rio de Janeiro, terá transmissão da Band em TV aberta e em Band.com.br a partir das 20h30 (horário de Brasília).
A brasileira, que conquistou o cinturão do Ultimate em 2019, justamente quando lutou no Rio de Janeiro, está animada com o evento em solo tupiniquim e faz planos para reconquistar o título da divisão dos palhas. Vale destacar que, neste sábado (21), ela enfrenta a norte-americana Lauren Murphy no peso-mosca (até 56,7 kg).
“Expectativa é a melhor sempre, de chegar, fazer uma boa luta, colocar tudo que eu treinei. Eu estou muito feliz de estar em casa de novo, de poder fazer essa luta aqui. Acredito que a energia da galera vai estar muito intensa, muito grande, com certeza isso vai fazer a diferença”, disse a lutadora à reportagem da Band.
“Acho que a última vez que lutei aqui foi um dos maiores e melhores momentos da minha vida, da minha carreira. Ganhar o cinturão, ter a minha família perto de mim, meu mestre. Ter esse momento aqui em casa realmente não tem preço. Essa semana fiquei relembrando isso. Faz três anos que não tem evento [no Brasil], eu ganhei meu cinturão em 2019 aqui. E olha só onde eu estou de novo. Realmente passa um filme na cabeça. Agora é batalhar para tentar reconquistar esse cinturão”, acrescentou.
A brasileira, que tinha uma luta agendada para setembro do ano passado, teve de desistir por causa de uma hérnia de disco. Ela disse que a equipe de fisioterapia do UFC foi essencial para que ela conseguisse chegar 100% para enfrentar Lauren Murphy. Segundo Bate-Estaca, o duelo do fim de semana é parte dos planos para recuperar o cinturão do UFC.
“Eu venho fazendo um bom trabalho dentro do UFC, venho mostrando uma evolução técnica dentro do octógono. E ficar ranqueada no top-5 de duas categorias [palha e mosca] é maravilhoso, eu espero poder regressar para a minha categoria, que é o 52 kg [palha], e fincar minhas raízes. Porque eu quero voltar a ser campeã dessa categoria. Para isso acontecer, eu tenho que estar num lugar fixo. Eu quero ser a número 1 de novo, dentro do UFC”, explicou.
“A estratégia é essa. Claro que não vai ser fácil, mas quero vencer essa luta e voltar para os 52 kg, que é a minha categoria, é onde me sinto mais forte, me sinto bem. O plano realmente é esse. Só que a gente nunca sabe o que pode acontecer no futuro. Se o UFC me oferecer uma disputa de cinturão ou uma luta muito importante nos 57 kg [mosca], eu estou pronta. Eles sabem que eu consigo, que eu posso dar o peso tranquilo e fazer lutas empolgantes”, concluiu.
É fã de UFC? Teste seus conhecimentos no quiz!
Veja outras respostas de Jéssica Bate-Estaca
Hérnia de disco
“Eu tinha uma luta em setembro, mas eu tive um problema de hérnia e isso atrapalhou muito meus treinos, minha volta. A luta foi cancelada, então tive que me readaptar, mudar meu esquema, minha estrutura. Tive que tomar muito remédio para dor, fiz cirurgia. Então muita coisa mudou. Mas venho me adaptando muito bem, estou fazendo acompanhamento com o pessoal do UFC. Foi muito bom estar em Las Vegas, tive uma recuperação excelente em pouco tempo. Agora estou 100%.”
Luta contra Lauren Murphy
"Ela é uma adversária dura, aguenta muito, muito resistente dentro do octógono. Mas eu acho que, dentro do nosso esporte, a gente só entende o que acontece quando está lá dentro. Mesmo assistindo a todas as lutas dela, vendo onde eu posso trabalhar, o que ela tem de realmente mais forte, que é o jiu-jítsu. Ela falou que quer mostrar o quanto é técnica. Isso me faz entender que ela vai estar esperando o momento certo para entrar na queda, tentar me finalizar. Mas eu estou muito bem. Sei que a adversária é dura, vem de vitória, só que eu estou pronta."
Brasileira quer nocautear norte-americana
“Toda luta é diferente, mas, para essa luta, eu não quero deixar o resultado para os juízes. É muito importante quando você foca nisso no UFC, ainda mais com essa adversária. Acho que a intenção maior é por a velocidade que tenho e a força da trocação. Quem sabe no primeiro, no segundo round eu tenha a oportunidade de nocautear. Eu vou buscar o nocaute sempre, mas, caso não aconteça, também posso buscar uma finalização. Eu treinei bastante.”