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Do Bronx diz que torcida pode ser decisiva no UFC 283: "Brasileiro é fanático"

Ex-campeão do UFC está no Rio de Janeiro para acompanhar lutas deste sábado (21)

Vinícius Batista

Ex-campeão do peso-leve do UFC, Charles Oliveira é um dos principais nomes do MMA brasileiro na atualidade. Do Bronx, que estará na Jeunesse Arena para acompanhar o numerado 283, aposta na paixão da torcida para que os lutadores locais tenham sucesso dentro do octógono neste sábado (21).

O UFC 283 marca o retorno da categoria ao Brasil e terá transmissão da Band em TV aberta, em Bandplay e em Band.com.br a partir das 20h30 (horário de Brasília).

“Lutar no Brasil é completamente diferente. Eu estou há cinco anos sem lutar no Brasil, e acho que quando a gente volta, o povo brasileiro é muito fanático, ele mata e morre por nós, apoia do começo ao fim. Tem os dois lados da moeda, né? Às vezes a pressão do povo brasileiro em cima de você pode atrapalhar. Se você tem a mente forte, faz acontecer, acho que é 100% importante [esse apoio]”, afirmou o lutador em entrevista à Band.

“O Rio é muito louco, o povo daqui é muito louco. E quando falo louco, é meu estilo de falar. É muito bom estar aqui, eles torcem. Mas você tem que ter a mentalidade forte. Eu sou um cara que tem a mentalidade forte, não importa o lugar onde vou lutar. No começo da minha carreira, quando eu não tinha a mente tão forte, lutar na casa do adversário era meio complicado. Estando com a cabeça no lugar, você faz acontecer”, acrescentou.

Charles do Bronx, que será reforço da torcida no UFC 283, elogiou os brasileiros que entrarão no octógono. Glover Teixeira, por exemplo, enfrenta o americano Jamahal Hill valendo o cinturão dos meio-pesados. Esta é a luta principal do evento.

“Eu vou estar assistindo. Independentemente de quem vai ser, minha torcida sempre vai para os brasileiros. A gente tem que torcer um pelo outro. A luta principal, o Glover, não tem como não falar: 43 anos, uma história gigantesca, já passou por muitas coisas. Pela idade que tem, é um cara muito aguerrido. Independentemente de qualquer coisa, a gente tem que aplaudir de pé. Acho que o Glover tem a mão muito forte, bate duro, tem um jiu-jítsu sensacional. Minha torcida, minha aposta vai ser para ele”, analisou.

Em seguida, o paulista destacou a amizade com Deiveson Figueiredo e disse estar confiante na vitória no peso-mosca. O brasileiro faz a luta co-principal do 283 contra o mexicano Brandon Moreno. Os rivais já se enfrentaram três vezes, com uma vitória para cada lado e um empate.

“Eu tenho uma amizade gigantesca com o Deiveson. Apesar de o Moreno ser um cara muito humilde, com o Deiveson eu tenho um histórico, um cara que conheço. Ontem eu vi ele treinando, senti o Deiveson com sede de vitória, focado. Então com certeza vou estar torcendo para os dois brasileiros venceram. Não só os dois, mas para todos os brasileiros do card.

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Do Bronx diz estar pronto para reconquistar o cinturão

Charles do Bronx perdeu o cinturão do peso-leve após derrota para o russo Islam Makhachev no UFC 280, em outubro do ano passado. Três meses depois da queda, o paulista diz estar pronto para voltar ao octógono e recuperar a cinta.

“Perder faz parte, grandes homens perderam. Uma hora eu ia perder. Já venci, já perdi, dei a volta por cima. Minha história fala muito sobre isso, sobre vencer, perder, levantar, dar a volta por cima. Os grandes campeões fizeram isso. A gente teve um momento difícil, perdemos o cinturão, choramos um, dois dias, mas já passou. O foco agora é mentalizar, a gente já esteve tão longe desse cinturão, e a gente está muito perto agora. Foco é fazer uma luta agora no começo, lá para abril, maio e, vencendo, com certeza no final do ano a gente traz de novo esse cinturão. Quando eu vi ali [o cinturão no Cristo], pensei: ‘Tem que voltar’. É o sonho de todo mundo, de todo lutador, de todo brasileiro. Em 2023, o cinturão volta pra gente”, afirmou.

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