O Ministério da Justiça da Itália enviou ao Brasil o pedido de extradição do ex-atacante Robinho, condenado em janeiro deste ano a nove anos de prisão por violência sexual em grupo.
O Ministério Público de Milão havia feito o pedido em fevereiro, mas só agora foi oficialmente enviado às autoridades brasileiras.
A notícia foi dada pela Ansa (Agência Italiana de Notícias), que também destaca que o Brasil não extradita seus próprios cidadãos, mas que os dois países podem chegar a um acordo para que Robinho cumpra sua sentença em uma penitenciária brasileira.
O caso
O crime aconteceu em janeiro de 2013, em uma boate de Milão - Robinho era jogador do Milan à época. A vítima, uma albanesa atualmente com 32 anos, revelou ter sido embriagada e forçada a manter relações sexuais com seis homens, entre eles Robinho e Ricardo Falco, enquanto estava alcoolizada e inconsciente.
Os outros quatro brasileiros não foram acusados formalmente, apenas citados nos autos. Robinho nega o estupro e diz que a relação sexual foi consentida.
Em outubro de 2020, o Santos anunciou a volta do jogador para sua quarta passagem pelo clube paulista, mas o acordo foi cancelado depois da repercussão negativa do caso.
O ex-atleta de 38 anos, que já atuou também por Real Madrid, Manchester City, Mlian, Atlético-MG e Seleção Brasileira, se aposentou do futebol após a condenação e vive de forma discreta na cidade de Santos.