O craque colombiano Freddy Rincón, morto na última quarta (13), está entre as maiores estrelas da história do futebol, com um currículo cheio de títulos em clubes e episódios marcantes pela seleção colombiana. No entanto, Rincón tem sua trajetória marcada por um episódio controverso, quando foi preso acusado de acusado de lavagem de dinheiro e associação com o narcotraficante Pablo Rayo Montaño em 2007, em São Paulo, após pedido de extradição da justiça do Panamá. O ex-dirigente Antonio Roque Citadini acompanhou o caso na época e visitou Rincón na prisão. Em entrevista ao jornalista Milton Neves, na Rádio Bandeirantes, neste domingo (17), Citadini relembrou os momentos sofridos na época pelo colombiano, que foi absolvido anos depois.
“Rincón era muito querido, mas sofreu muito”, resumiu Citadini.
“Na primeira semana ele estava tranquilo. Primeiro tomou um susto de me ver no primeiro dia, antes da família visita-lo. Eu sabia que precisávamos ajudá-lo”, completou o ex-dirigente, que na época ocupava o cargo de Presidente do Tribunal de Contas do Estado de São Paulo.
Citadini lembra que, apesar da situação delicada, Rincón era “muito bem tratado na Policia Federal”.
“Quando eu ia, o delegado o buscava e eu conversava com ele com toda liberdade, na sala do delegado”, revela.
Investigado por tráfico de drogas e lavagem de dinheiro no Panamá, Rincón foi preso em São Paulo, com base em ordem de prisão expedida pela Justiça do país da América Central, acatado pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
Rincón era acusado de ter lavado recursos ilegais procedentes de uma organização de narcotráfico comandada pelo colombiano Pablo Rayo Montaño.
O volante admitiu que conheceu Montaño na infância e se reencontrou com o compatriota no Brasil, mas negou qualquer acusação de ser ligado à organização criminosa. Montaño foi preso no Brasil em maio de 2006, em operação contra uma organização de narcotraficantes que atuava em cinco países.
Após 123 dias detido, Freddy Rincón foi solto para responder ao processo em liberdade.
O ex-jogador foi absolvido definitivamente em agosto de 2016, após anúncio oficial da Justiça do Panamá.