Dirigente reclama de ‘agressão’ ao Santos, ironiza motorista e torce por final brasileira

Da Redação, com Rádio Bandeirantes

Felipe Ximenes torce por uma final brasileira na Libertadores, entre Santos e Palmeiras
Ivan Storti/Santos FC

O superintendente de esportes do Santos, Felipe Ximenes, negou que o Santos tenha negligenciado os cuidados contra a Covid-19, após dois jogadores, John e Wagner, testarem positivo para coronavírus após a semifinal da Libertadores contra o Boca Juniors, em Buenos Aires, na última quarta-feira, 6. Os atletas foram mantidos na Argentina até que o clube consiga trazer os dois de volta ao Brasil.

Em entrevista à Rádio Bandeirantes, Ximenes afirma que os atletas testaram negativo antes da partida e garante: “o Santos não fez nada de errado”.

“Sinto até uma agressão profissional ao Santos imaginar que a gente pudesse viajar com atletas contaminados com Covid. Saímos daqui com todos os exames absolutamente negativos. A gente nunca colocaria em risco a saúde dos nossos atletas. Fizemos em Buenos Aires dois exames, de tão preocupados que estávamos, e quando recebemos a informação de que o Wagner e o John estavam positivados, os deixamos na Argentina para seguir todos os protocolos”, disse o dirigente.

Pedra ou galho?  

Ximenes ainda ironizou o motorista Darío Rubén Ebertz, que guiou o ônibus santista após o jogo contra o Boca. O veículo, segundo os santistas, foi atingido por uma pedra e teve uma janela de vidro quebrada. Ebertz, porém, disse ao jornal argentino Olé que o ônibus foi atingido por um galho. Ao comentar o episódio, Ximenes evitou rebater diretamente a versão do motorista, mas questionou.

“Eu já devo ter mais de dois mil jogos de futebol, em que entrei no estádio com ônibus. Um galho quebrar o vidro de ônibus eu nunca tinha visto”, afirmou o dirigente em entrevista à Rádio Bandeirantes neste sábado.

Ebertz, que trabalhou por mais de 10 anos no Boca, reclamou dos jogadores do Santos, que postaram fotos do vidro quebrado.

Arbitragem

Ximenes evitou criticar a arbitragem da ida. Os santistas reclamam muito de um pênalti não marcado sobre Marinho. O dirigente afirmou que, por questões profissionais, as reclamações formais devem ser feitas pela diretoria, e não por ele, profissional do clube.

No lance, o árbitro chileno Roberto Tobar sequer checou o lance no vídeo, o que aumentou o tom da bronca santista. A partida de volta será apitada pelo colombiano Wilmar Roldán, uma “escolha natural”, segundo Ximenes.

Superstição e final brasileira

O dirigente ainda lembrou de um detalhe positivo para o técnico Cuca: Roldán apitou a final da Libertadores de 2013, vencida pelo Atlético-MG, comandado pelo atual treinador santista, diante do Olimpia-PAR. “Isso representa muito para o Cuca”, comentou Ximenes, ao falar do supersticioso técnico.

O dirigente ainda revelou que torce por uma final brasileira – na outra semi, o Palmeiras venceu a ida contra o River Plate, na Argentina, por 3 a 0, e pode até perder em casa por dois gols de diferença que avança para a decisão no Maracanã.

“Penso e confio muito que a gente vai ter uma arbitragem lisa, e se Deus quiser será uma final histórica, brasileira, entre Santos e Palmeiras”, declarou.

Após o empate sem gols na Bombonera, o Santos precisa de uma vitória simples em casa na quarta para se classificar à final.

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