No atual formato do Mundial de Clubes, tornou-se comum tratar como “vexame” eventuais eliminações de brasileiros na semifinal. Assim foi com Inter e Atlético-MG, ambos despachados por zebras africanas. Neste domingo, 7, aconteceu com o Palmeiras, que caiu para o Tigres, do México, ao ser derrotado por 1 a 0. Para Cafu, a situação agora é diferente. O pentacampeão nega que o Verdão tenha passado vergonha, diante da força do adversário.
“Não tinha uma diferença muito grande entre Tigres e Palmeiras”, declarou em entrevista ao 3º Tempo, da Band.
“Não foi uma vergonha, uma catástrofe, não acabou o mundo. Agora é levantar a cabeça e seguir a vida”, completou o pentacampeão, para quem “não é para jogar fora o que Abel [Ferreira, técnico do Palmeiras] e os meninos fizeram até agora”.
Presente em Doha para o Mundial, Cafu afirmou que a expectativa geral era de um jogo difícil e equilibrado.
“Não existe o ‘já ganhou’, porque [o time] é do México, porque não tem tradição, porque nunca fez final de Mundial... Esses paradigmas são feitos para serem quebrados. Futebol está muito mudado. Ter favoritismo é muito difícil, ficou muito igual”, analisou.
Sobre o jogo, Cafu disse que achou o Palmeiras “tímido” diante do Tigres. “Produziu muito pouco para um time que quer ser campeão mundial. Poderia se doar um pouco mais”, comentou.
‘Resenha’ com Xavi
Cafu revelou que teve uma conversa de duas horas com ex-meia Xavi, craque ex-Barcelona, sobre futebol. Segundo o ex-lateral, o espanhol exaltou a competitividade do Brasileirão, com forte equilíbrio entre as equipes. E que o futebol brasileiro ainda é respeitado. “Mesmo quando o resultado não é o que queremos”, afirmou. Mas faz uma ressalva.
“Somos respeitados pelo o que fizemos na Seleção Brasileira. Individualmente temos um jogador importante em cada clube importante do futebol mundial. Temos uma representatividade muito grande”, disse.