No dia 4 de maio, a cantora Madonna fará um show na praia de Copacabana que promete atrair milhares de fãs - não apenas do Rio de Janeiro, mas também de outras cidades e outros estados.
Mas a Rainha do Pop, tão acostumada a subir aos palcos diante de plateias lotadas, também já teve os dias de fã. Aliás, não apenas de fã, mas também de torcedora e mãe.
Foi entre 2017 e 2020, quando Madonna morou em Lisboa. Durante este período, um dos filhos da estrela, David Banda, jogou nas categorias de base do Benfica - e fez amizade com um brasileiro: o meia Kaden Lamounier, atualmente nas categorias de base do Anápolis.
Natural de Simolândia (GO), Kaden chegou ao clube de Lisboa em 2015, antes do amigo. “Antes de ir para o Benfica, eu estive no Goiás, no sub-10. Pelo sub-10 do Goiás, eu participei de um torneio, a Go Cup, e o Benfica estava jogando uma categoria acima. Eles me viram, falaram com o meu pai, com a minha família, para ir fazer uma avaliação de uma semana lá em Lisboa. Graças a Deus, passei, deu tudo certo e fiquei lá morando”, explicou o meia em entrevista à Band.
Depois de um período inicial no Estarreja, uma espécie de filial do Benfica para jogadores mais jovens, Kaden chegou ao time sub-13 do clube na temporada 2017/2018. Na mesma época, aos 12 anos, David Banda chegou ao time sub-14 do Benfica.
“A gente não sabia que ele ia chegar lá”, conta Kaden. “Graças a Deus, ele chegou, ajudou a gente. É muito bom jogador, ajudou muito a gente naquela época.”
Treinos? Nem Madonna podia ver
Em pouco tempo, Kaden e David começaram a compartilhar a rotina: tornaram-se companheiros de quarto em concentrações, viajavam juntos e eram escalados nos mesmos times.
“Muita gente de fora pensava que talvez ele fosse seria metido, talvez tivesse um comportamento principal só nele no Benfica. Mas não, era um garoto como um de nós, como todos os outros, humilde, gostava muito de estar lá - até porque a Madonna se mudou para Portugal por conta dele.”
Mas é claro que a chegada de David Banda mudou o dia-a-dia da base benfiquista. Ainda que o jovem atacante não fosse um astro do futebol, sua presença demandava algumas novidades.
“Ele andava com um segurança, por conta da segurança dele e da Madonna também. A Madonna ia a quase todos os jogos nossos na época do sub-13 e do sub-14. Somente em jogos é que ela podia ir, até porque o Benfica não liberava ninguém para entrar em treinos”, relembra.
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David Banda e Kaden Lamounier, companheiros na base do Benfica 1/5
David Banda jogou no Benfica até a temporada 2019/2020, quando atuava na categoria sub-15. Mudou-se com a família para os Estados Unidos, onde ainda chegou a atuar brevemente por um time em 2022. Desde então, deixou o futebol de lado para atuar como músico.
A amizade com Kaden, no entanto, segue firme. “A nossa amizade no Benfica era muito forte. Éramos eu, ele e mais uns dois, era muito forte. Eu falava um pouco de inglês com ele. Ele chegou falando só inglês e saiu falando português muito bem”, elogiou. “Trocamos mensagens sempre no WhatsApp, no Instagram, para saber como o outro está.”
De volta ao Brasil
A adolescência, no entanto, atrapalhou os planos de Kaden Lamounier no futebol português. Com dores nos joelhos decorrentes do desenvolvimento muscular típico da idade, o meia deixou o Benfica ao fim da temporada 2018/2019. Passou ainda por Académica e Anadia, mas teve que parar a carreira em 2020.
“Eu saí do Benfica no sub-15. Tentei outros dois clubes lá, mas sentia muitas dores no joelho. No que eu sentia muitas dores no joelho, meu pai resolveu voltar para o Brasil. Aí eu voltei com ele. Quis voltar e tentar o futebol aqui”, disse. “Eu sentia muitas dores no meu joelho por conta do crescimento, porque eu era muito baixo. Graças a Deus, passou e eu voltei a jogar.”
A nova chance apareceu em 2023, depois de um ano e meio parado. Foi quando conseguiu uma vaga no time sub-20 do Anápolis.
“Foi questão de um amigo meu, que estava no Anápolis. Eu conversei com ele, ele arrumou para eu fazer uns treinos. Fui e deu tudo certo”, diz o meia, que garante oferecer um futebol mais desenvolvido depois da passagem por Portugal.
“Eu fui com a característica muito boa do individualismo. E lá, graças a Deus, não tiraram tanto disso, mas forcei muito, consegui muito o tático lá”, analisou.