O presidente da FIA (Federação Internacional de Automobilismo), Mohammed Ben Sulayem, está sendo investigado sob a suspeita de tentar interferir no resultado de uma corrida da Fórmula 1.
A informação foi divulgada nesta segunda-feira (4) pelo site da rede de TV britânica BBC. O resultado em questão seria o terceiro lugar de Fernando Alonso com a Aston Martin no Grande Prêmio da Arábia Saudita em 2023.
Na ocasião, Alonso chegou em terceiro lugar, foi punido, caiu para quarto, mas foi posteriormente absolvido e voltou à terceira posição. Ainda segundo a BBC, Ben Sulayem procurou o xeque Abdullah bin Hamas bin Isa Al Khalifa, vice-presidente da FIA para o Oriente Médio e o Norte da África, para derrubar a punição ao espanhol.
Também de acordo com a emissora, uma queixa assinada por Paolo Bassari, que lidera o departamento de compliance da FIA, foi encaminhada ao comitê de ética da entidade – que, por sua vez, tem até seis semanas para se posicionar a respeito.
Fernando Alonso largou do segundo lugar no GP da Arábia Saudita, mas alinhou o carro fora da posição no grid. Por isso, precisou cumprir uma punição de cinco segundos em uma parada nos boxes.
O bicampeão parou na volta 18, e os mecânicos da Aston Martin tiveram que esperar o período determinado para tocar no carro. Após a troca de pneus, Alonso retornou à pista.
Nas últimas voltas, a equipe avisou Alonso via rádio que ele poderia ter que cumprir uma nova punição – desta vez, pelo toque de um macaco na traseira do carro durante os cinco segundos de sanção inicial.
Ao cruzar a linha de chegada, ele tinha uma vantagem de 5.1s para George Russell, da Mercedes, o que poderia assegurar a posição no caso de mais uma punição de cinco segundos aplicada ao tempo final de corrida. O novo gancho, no entanto, foi de dez segundos.
Inicialmente, Alonso caiu para o quarto lugar, deixando a terceira colocação para Russell. No entanto, horas depois, o cumprimento da primeira punição foi avaliado e a segunda punição foi descartada, restituindo ao espanhol o terceiro lugar.