A temporada 2023 de Pietro Fittipaldi promete ser cheia. Piloto reserva da Haas na Fórmula 1, o brasileiro ainda vai se dividir ao longo do ano entre o WEC (Campeonato Mundial de Endurance) e a IMSA (competição norte-americano de resistência). E para Pietro, a chance de estar o ano todo nas pistas é motivo de comemoração.
“Eu meio que já sabia que ia continuar com a Haas, mas a gente acabou assinando os contratos em janeiro. Eu sabia porque fiz treinos livres (em 2022), treinos de pós-temporada, então já estava desenvolvendo coisa para a temporada de 2023. Veio a oportunidade de assinar com a (equipe) Jota, campeã do Mundial de Endurance, e o programa para correr na IMSA, na (classe) LMP2”, disse Pietro em entrevista coletiva nesta terça-feira (7).
A previsão do brasileiro é passar 40 finais de semana no ano em uma pista de corrida, entre corridas e treinos. “Estou muito feliz. Nesses últimos anos, tem sido difícil conseguir programas bons de corrida”, acrescentou, que pilotará um protótipo Oreca 07 tanto no WEC (pela equipe Jota) quanto na IMSA (pela Rick Ware Racing).
Ao mesmo tempo em que corre pelo mundo, Pietro trabalha no desenvolvimento do modelo VF-23 da Haas para a temporada da Fórmula 1. E o piloto mostra otimismo para o 2023 da equipe em relação aos anos anteriores.
“Vai ser a primeira vez que o carro já está pronto antes de ir para o treino (de pré-temporada). Isso é muito bom, muito positivo. O time está muito preparado neste ano. Acho que temos grandes chances de sermos mais competitivos em 2023, ainda mais com esses patrocinadores no time”, elogia. “Com esses apoios novos, o time tem mais orçamento para fazer essas coisas melhores.”
Em 2022, a Haas somou 37 pontos e ficou com o oitavo lugar no Mundial de construtores. Nos anos anteriores, a equipe havia somado apenas três pontos em 2020, sem pontuar em 2021.
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Haas apresenta visual para temporada 2023 da F1 1/5
De volta à Indy?
Outra possibilidade para a carreira de Pietro Fittipaldi seria um retorno à Fórmula Indy. O brasileiro disputou corridas pela equipe Dale Coyne em 2018 e 2021, com direito a uma participação nas 500 Milhas de Indianápolis de 2021 – largou em 13º lugar e chegou na 25ª posição, em prova vencida por Helio Castroneves (Meyer Shank Racing).
Mas para voltar a correr nos monopostos dos Estados Unidos, o neto de Emerson Fittipaldi deixa claro que não gostaria de disputar apenas corridas pontuais. O objetivo é ser titular de uma equipe ao longo de toda uma temporada.
“Quero fazer (as 500 Milhas) de novo, mas acho difícil acontecer neste ano de 2023 por causa dos calendários que tenho agora - estão muito cheios. Se um dia eu conseguir voltar à Indy, quero voltar para correr a temporada inteira, não só para uma corrida ou só os ovais. Para esse ano, acho difícil isso acontecer”, disse Pietro, que vê o orçamento para a Indy como um obstáculo a mais.
“Nos últimos anos, o sonho sempre foi correr. Continua sendo correr na Fórmula 1, em um assento full time, a temporada inteira. Mas estava vendo outras oportunidades antes, e uma delas era a Indy. Na Indy, o primeiro e o segundo anos, você precisa ter um orçamento e trazer muito orçamento para o time para correr na Indy. Eu gostaria muito, mas a gente não conseguiu ainda”, declarou também.