Esteban Ocon publicou nesta sexta-feira (31) uma mensagem nas redes sociais para desabafar sobre o acidente na primeira volta do Grande Prêmio de Mônaco, no último domingo (26).
Na ocasião, o piloto da Alpine protagonizou um acidente na primeira volta com o próprio companheiro de equipe, Pierre Gasly, que reclamou com o time no rádio. Com danos no carro, Ocon precisou abandonar, enquanto Gasly foi décimo.
O acidente deu início a várias críticas. Algumas delas, segundo Ocon, passaram do ponto.
“É claro, eu já cometi erros honestos. Não somos robôs. Somos atletas nos levando ao limite todos os dias para alcançar nossos sonhos de vencer corridas. A Fórmula 1 é um esporte onde as emoções correm forte, e as paixões são profundas”, afirmou.
“Eu sinto e vejo todos os dias, na pista e nas redes sociais, o bom e o ruim. Mas declarações desinformadas e distorções grosseiras que eu tenho visto online nos últimos dias sobre minha habilidade de trabalhar em equipe têm sido imprecisas, dolorosas e danosas”, completou.
Ao longo do texto, Ocon disse trabalhar sempre “com humildade, profissionalismo e respeito”, e afirmou seu respeito a Gasly “como companheiro de equipe e como competidor”. Definiu-se ainda como um piloto que trabalha pela equipe, e não apenas em busca de reconhecimento individual.
“Enquanto cada piloto busca glória individual, este sempre será um esporte de equipe, primeiro e mais importante. Eu sempre segui as instruções que recebi e corri para alcançar o máximo para e com minha equipe”, disse.
“Assumo a responsabilidade pelo acidente na primeira volta do último domingo e, apesar de não ter completado a prova, fico feliz com o ponto que a equipe somou, no que tem sido um difícil começo de temporada para todos nós.”
Por fim, Esteban Ocon se disse “ansioso” para a disputa do GP do Canadá, entre 7 e 9 de junho. A imprensa internacional afirmou que a Alpine poderia tirar o piloto da prova em Montreal para substituí-lo pelo australiano Jack Doohan, reserva do time.
“Estou ansioso para competir em Montreal, diante do fantástico público canadense, e pelas empolgantes oportunidades que o futuro reserva”, declarou.
Confira o texto na íntegra:
Graças ao trabalho duro, ao apoio e ao sacrifício de muita gente, eu corri mais de 140 Grandes Prêmios até aqui desde que estreei em 2016. Sempre fui um competidor árduo e, como a maioria dos pilotos, tive minha parcela de acidentes.
Tenho tido a sorte de correr ao lado de companheiros de equipe talentosos e experientes, incluindo os vencedores de corridas Daniel (Ricciardo), Checo (Pérez), Pierre (Gasly) e um bicampeão, Fernando (Alonso).
Como companheiros, nós costumamos largar nas corridas muitos próximos uns dos outros, o que significa em alguns casos algumas batalhas duras na pista, e às vezes até toques.
É claro, eu já cometi erros honestos. Não somos robôs. Somos atletas nos levando ao limite todos os dias para alcançar nossos sonhos de vencer corridas. A Fórmula 1 é um esporte onde as emoções correm forte, e as paixões são profundas.
Eu sinto e vejo todos os dias, na pista e nas redes sociais, o bom e o ruim. Mas declarações desinformadas e distorções grosseiras que eu tenho visto online nos últimos dias sobre minha habilidade de trabalhar em equipe têm sido imprecisas, dolorosas e danosas.
Desde minhas primeiras voltas no automobilismo, eu abordei este esporte com humildade, profissionalismo e respeito. Estes valores estavam dentro de mim desde cedo.
Enquanto cada piloto busca glória individual, este sempre será um esporte de equipe, primeiro e mais importante. Eu sempre segui as instruções que recebi e corri para alcançar o máximo para e com minha equipe.
Assumo a responsabilidade pelo acidente na primeira volta do último domingo e, apesar de não ter completado a prova, fico feliz com o ponto que a equipe somou, no que tem sido um difícil começo de temporada para todos nós.
Eu respeito Pierre como companheiro de equipe e como competidor. Sempre trabalhamos de maneira colaborativa e profissional dentro da equipe, e este vai continuar a ser o caso.
Não há recompensa sem risco na Fórmula 1. As largadas das corridas são intensas, ainda mais em Mônaco onde a primeira volta pode determinar seu resultado.
No fim das contas, somos todos competidores, e correr de maneira dura e justa pelo pelotão é o que faz nosso esporte tão bom, a principal razão pela qual eu amo tanto este esporte.
Estou ansioso para competir em Montreal, diante do fantástico público canadense, e pelas empolgantes oportunidades que o futuro reserva.
Esteban