Em entrevista à BBC nesta quinta-feira, Nikita Mazepin afirmou discordar das sanções impostas a atletas russos naquilo que considera como “cultura do cancelamento” contra o seu país, que trava uma guerra de grandes proporções com a Ucrânia.
Mazepin, cujo pai tem fortes ligações com o presidente russo Vladimir Putin e é CEO da empresa Uralkali, ex-parceira da equipe Haas, teve seu contrato encerrado em consequência da invasão russa à Ucrânia.
“Eu não concordo em sofrer essas sanções. Eu já disse antes que tenho a intenção de lutar contra isso, mas talvez agora não seja o melhor momento. Até porque se você olhar para toda a situação que está acontecendo com os atletas em geral, é uma cultura do cancelamento contra o meu país”, afirma Mazepin.
Nikita, que havia dito que não comentaria o que pensa da guerra, foi questionado pelo apresentador Stephen Sackur se as imagens de civis ucranianos mortos por forças russas não mudaram a forma do piloto de pensar.
“Meus sentimentos certamente mudaram enquanto ser-humano e pessoa que tem o desejo de viver num mundo pacífico. Mas preciso ser honesto: acho muito arriscado falar qualquer coisa sobre o que está acontecendo, pois jamais vou agradar todo mundo. E por isso prefiro não comentar”, diz.
Mazepin chegou a realizar a primeira sessão de testes de pré-temporada com a Haas, em Barcelona. Mas com a escalada da guerra, a equipe decidiu encerrar o contrato com a patrocinadora russa e com o piloto, que foi substituído por Kevin Magnussen.