Nikita Mazepin só soube que não correria mais pela Haas em 2022 após receber um comunicado por escrito.
A informação foi confirmada por Günther Steiner, chefe de equipe da escuderia norte-americana, em entrevista na última semana à rede de TV alemão RTL. Segundo o italiano, não houve conversa com o piloto a respeito do desligamento.
“Eu só fiz isso por escrito. Não falei com ele”, disse Steiner, que não recebeu diretamente uma resposta do piloto russo. O próprio Mazepin afirmara que soube da demissão após um comunicado oficial do time.
A saída de Nikita Mazepin foi consequência da invasão russa ao território da Ucrânia. A Haas contava desde 2021 com o apoio da Uralkali, fabricante russa de fertilizantes que tem entre os sócios o pai do piloto, Dmitry Mazepin. Diante do conflito, a equipe decidiu encerrar o contrato com a empresa, e posteriormente dispensando Mazepin.
Para Steiner, a situação não era algo que pudesse ser administrada pela equipe. “As circunstâncias externas, que nem eu nem ele podemos mudar, são apenas do jeito que são. Você tem que viver com isso e continuar. Eu vejo isso como parte da vida”, disse.
O conflito no Leste Europeu gerou um período que Günther Steiner classificou como “duas ou três semanas exaustivas”. Agora, sem o apoio da Uralkali, o chefe de equipe diz que há negociações em andamento com outras possíveis patrocinadoras.
“A equipe está financeiramente estável. Você não precisa se preocupar com a equipe. Isso é o mais importante para mim”, disse Steiner, que admite que a Haas “perderá algum dinheiro” com a saída da patrocinadora russa.
