Ayrton Senna e Nelson Piquet conquistaram três títulos de Fórmula 1 cada entre 1981 e 1991. Em uma época de grande destaque, os dois se tornaram protagonistas da categoria, dando início a uma rivalidade também entre os fãs.

Mas quem foi melhor: Senna ou Piquet?

Não há uma resposta definitiva para a pergunta, já que cada fã tem sua prioridade. Mas cada um deles tinha características próprias, que os diferia entre si e dos demais pilotos.

É o que explica Reginaldo Leme, comentarista do Grupo Bandeirantes de Comunicação. Em entrevista ao programa Cola no Grid que vai ao ar no dia 1º de maio, lembrando os 30 anos da morte de Ayrton Senna, o jornalista aproveitou uma pergunta do Craque Neto para apontar as diferenças entre os dois pilotos brasileiros dentro e fora das pistas.

“Mexer, botar a mão na graxa, era uma característica do Nelson, porque ele começou a carreira dele em uma oficina mecânica de Brasília. Ele montava e desmontava carros com muita facilidade. Inclusive, o Fusquinha com o qual ele começou a correr, ele montava e desmontava”, descreveu Reginaldo.

“Quantas vezes ele teve que trazer esse carro e os equipamentos dentro de uma Kombi? Ele trazia essa Kombi de Brasília para São Paulo, desmontava o motor da Kombi e punha no Fusquinha para correr. Essa é uma característica, (mas) não quer dizer que leve um piloto a ser melhor que o outro”, completou.

Mas se não era tão dedicado à mecânica quanto Piquet, Senna compensava dentro das pistas.

“O Senna era um piloto essencialmente rápido, acho que mais técnico que o Piquet. Mas o Piquet tinha uma corrida muito inteligente - ele sabia entender as diferentes fases de uma corrida, começo, meio e fim. O piloto muda, conforme ele vai ficando cansado; o carro muda, conforme fica mais leve. (Há) o desgaste das peças, dos componentes. Tudo muda. O Piquet era um craque nisso. E o Senna era levado pelo talento dele”, analisa.

“Essa é a característica do Senna, uma autoconfiança absurda e tecnicamente muito bom, capaz de vencer qualquer situação adversa”, completou.

Embora os dois tivessem “diferenças grandes”, Reginaldo acredita que ambos tinham um traço em comum. “O talento dos dois era assim, fenomenal”, resume.

Edição especial do Cola no Grid lembra os 30 anos sem Ayrton Senna

Em homenagem aos 30 anos da morte de Ayrton Senna, o Cola no Grid terá uma edição especial no dia 1º de maio: o comentarista Reginaldo Leme traz histórias especiais dos quase 15 anos de amizade com o tricampeão de Fórmula 1 – inclusive com bastidores que você talvez não conheça.

Do início de carreira na Europa ao acidente fatal no GP de San Marino de 1994, passando pelo desentendimento entre os dois no início da década de 1990, Reginaldo dá detalhes da trajetória de um dos mais importantes nomes da história do esporte mundial.

A edição especial do programa Cola no Grid vai ao ar em 1º de maio, no Band.com.br e no Bandplay.