Gene Haas, proprietário da Haas, admitiu neste final de semana que a equipe tem “vários candidatos” a assumir a vaga de Nikita Mazepin no grid da Fórmula 1. No entanto, assegurou que Pietro Fittipaldi – piloto de testes do time – estará nos testes de pré-temporada da F1 no Bahrein, entre quinta-feira (10) e sábado (12), ao lado do alemão Mick Schumacher.
“Estamos em processo de observar vários candidatos, veremos quem está disponível e com o que temos que lidar, mas nós teremos alguém na quarta-feira (9)”, projetou Haas em entrevista à agência de notícias Associated Press.
“Pietro definitivamente estará (nos testes do Bahrein). É para isso que ele está conosco, ele é nosso piloto de testes”, acrescentou.
À agência de notícias, Gene Haas diminuiu as chances de contar com o brasileiro como titular ao longo da temporada. Segundo o dono da equipe, o ideal seria ter alguém experiente ao lado de Mick Schumacher.
“Acho que estamos procurando. Acho que obviamente gostaríamos de ter alguém com um pouco mais de experiência”, afirmou.
Caso Pietro Fittipaldi fique fora do grid, o favorito à vaga que Mazepin é Antonio Giovinazzi. Aos 28 anos, o italiano atualmente corre na Fórmula E, depois de três temporada como titular da Alfa Romeo na Fórmula 1.
Carros brancos
Com a invasão da Rússia à Ucrânia, a Haas optou pela rescisão do contrato de patrocínio com a Uralkali, fabricante russa de fertilizantes que pertence ao pai de Nikita Mazepin, Dmitry. A empresa estampava a marca nos carros do time desde 2021, provocando mudanças na pintura da equipe.
Nos testes de pré-temporada de Barcelona em fevereiro, o time já havia removido a marca de seus carros, correndo com uma pintura majoritariamente branca. A tendência é que o padrão se repita nos testes desta semana no Bahrein, com destaque para a marca da Haas Automation nos carros.
Segundo Gene Haas, a empresa de ferramentaria indústria sempre foi a principal patrocinadora do time, enquanto a Uralkali ocupava apenas o posto de “title sponsor”, que altera a identidade da equipe.
“A Haas (Automation) sempre foi o principal patrocinador. Não sei por que as pessoas diziam que virou uma equipe russa. A Haas Automation sempre esteve no carro”, declarou.
Sem a marca de Dmitry Mazepin, Gene Haas admite que o time perde uma fonte de renda, mas não se mostra preocupado. “Estamos bem. Gostaríamos de mais dinheiro, é claro, mas estamos bem. Isso apenas nos dá um número negativo maior”, afirmou, em relação às despesas da temporada.