Falta de referências é desafio para a Pirelli no Grande Prêmio de Las Vegas

Fornecedora aposta em pneus macios e rápidos, já que pista deve sofrer com falta de aderência

Da redação

Fornecedora aposta em pneus macios e rápidos; pista deve sofrer com falta de aderência
Emanuel Colombari/Band

A Pirelli, fornecedora oficial de pneus da Fórmula 1, espera uma corrida “extraordinária” e “repleta de surpresas” no Grande Prêmio de Las Vegas deste final de semana. No entanto, a falta de referências da pista será um dos principais desafios para a temporada 2023.

Será apenas a terceira vez que Las Vegas recebe a F1, e a primeira no circuito de rua adotado para a prova. Por isso, os únicos dados disponíveis até aqui são oriundos de simuladores.

“Esta será uma corrida incrível, pois todos os dias é dia de espetáculo em Las Vegas, e todos nós que trabalhamos na Fórmula 1 queremos fazer o tipo de show que é digno desta cidade incrível”, afirmou Mario Isola, diretor de motorsport da Pirelli.

“Também será um grande desafio técnico para as equipes e para nós, já que vamos para esta corrida sem referências reais além da simulação. Ninguém pilotou no circuito de 6.120 metros de extensão da Las Vegas Strip antes”, acrescentou.

Apesar do ineditismo da corrida, as características do traçado permitem algumas projeções. O circuito de rua de Las Vegas tem três retas e 17 curvas, com um asfalto que mistura a pavimentação de rua com trechos que foram recapeados para o fim de semana.

Não haverá competições de categorias de apoio, e a pista será aberta ao tráfego em determinados horários, o que afetará o emborrachamento. E como as sessões serão todas noturnas, as atividades serão realizadas com baixas temperaturas.

Apostando nas altas velocidades e na pouca aderência, a Pirelli ofereceu os pneus C3 (branco, duro), C4 (amarelo, médio) e C5 (vermelho, macio) para a prova. O trio é formado pelos pneus mais macios da gama da fabricante para a Fórmula 1.

“Esperamos que os carros venham com níveis bastante baixos de pressão aerodinâmica, semelhante a Baku ou mesmo Monza: atingir uma alta velocidade máxima será fundamental para ser competitivo. Todas as sessões acontecerão à noite, com temperaturas ambiente e de pista incomuns para um fim de semana de corrida, mais semelhantes aos encontrados quando os testes de pré-temporada costumavam ocorrer na Europa. Essas longas retas também dificultam o aquecimento dos pneus na classificação: o mesmo desafio visto em Baku, que provavelmente será mais evidenciado em Las Vegas”, afirmou Mario Isola.

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