Altitude no GP do México afeta motores, aerodinâmica e pneus da Fórmula 1

Fim de semana na Cidade do México contará com teste de possível novo pneu de 2024 em treino livre

Da redação

O Autódromo Hermanos Rodríguez fica a mais de 2,2 mil metros de altitude em relação ao nível do mar – é o líder da estatística na temporada 2023 da Fórmula 1. E o fato é considerado fundamental para o desempenho no GP do México.

Isso porque o ar rarefeito impacta o desempenho dos motores e a carga aerodinâmica dos carros. E, consequentemente, afeta também a performance dos pneus na Cidade do México.

“A pista (...) tem pouco mais de quatro quilômetros de extensão, com 17 curvas e fica a mais de 2 mil metros de altitude. Isso tem um efeito importante no desempenho do carro, já que o ar rarefeito reduz o arrasto e também a carga aerodinâmica”, antecipou Mario Isola, diretor de motorsport da Pirelli, fornecedora oficial de pneus da F1.

“Como resultado, as configurações dos carros são similares às usadas em circuitos de alta pressão aerodinâmica – porém, com um efeito muito reduzido nos pneus. A aderência no asfalto também é bem abaixo da média, já que a rugosidade da superfície está entre as mais baixas de todo o calendário”, completou.

Prova usará os pneus C3, C4 e C5; em 2022, usou o C2, o C3 e o C4 (Imagem: Getty Images/Red Bull Content Pool)

Para o GP do México de 2023, a Pirelli entregará a equipes e pilotos os pneus mais macios de sua gama para a Fórmula 1: C3 (branco, duro), C4 (amarelo, médio) e C5 (vermelho, macio). Na prova de 2022, os escolhidos foram o C2, o C3 e o C4. Assim, a expectativa é oferecer mais aderência e velocidade aos carros – mas, ao mesmo tempo, dando stints menores a cada troca de pneus.

“Este ano nós decidimos trazer os três compostos mais macios para o México – C3, C4 e C5 – após cuidadosa reflexão com base nas informações do ano passado, assim como nas simulações que as equipes como sempre nos forneceram”, afirmou Isola.

“Isso deve levar a uma maior variedade de escolhas estratégicas ao longo da corrida, abrindo também a porta para uma estratégia de duas paradas. No ano passado, quando os compostos escolhidos foram C2, C3 e C4, quase todos os pilotos pararam apenas uma vez, principalmente usando macios e médios”, completou.

Teste de pneu

A programação do fim ainda inclui testes com um protótipo do pneu C4, a ser realizado nos treinos livres da sexta-feira (27). Caso aprovado, o novo pneu deve ser usado em 2024.

A fabricante já realizou testes semelhantes no GP do Japão, quando avaliou um novo tipo de pneu C2. No entanto, a variante não será utilizada na próxima temporada.

“O México também nos dá a oportunidade de testar uma nova variante do C4 com todas as equipes. Durante as duas horas do treino livre de sexta-feira, cada piloto terá dois conjuntos destes novos protótipos para usar como desejar”, anunciou Mario Isola.

“Depois de analisar todos os dados, nós decidiremos se vamos ou não homologar essa versão para uso em 2024”, acrescentou o dirigente da Pirelli.

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