Red Bull admite "erros", mas diz que pilotos já se reconciliaram após GP de SP

Equipe ainda relatou mensagens de ódio e ameaças que recebeu nas redes sociais

Da redação

A Red Bull divulgou um comunicado nesta quinta-feira (17) para admitir que cometeu “alguns erros” no Grande Prêmio de São Paulo do último final de semana.

O texto faz referência aos pedidos da equipe para que Max Verstappen cedesse o sexto lugar no fim para Sergio Pérez, em busca de pontos para o mexicano na briga pelo segundo lugar no Mundial de pilotos. O holandês não cedeu, Pérez chegou em sétimo, e agora está empatado com Charles Leclerc (Ferrari) na segunda posição: 290 a 290.

Verstappen pediu que a equipe não voltasse a solicitar tal manobra e afirmou que teria razões para a recusa – o campeão da temporada não revelou os motivos, mas a imprensa holandesa especula que a razão seria o acidente de Pérez na classificação do GP de Mônaco, no qual o mexicano largou em terceiro e o companheiro largou em quarto.

“Como equipe, cometemos alguns erros no Brasil. Não previmos a situação que se desenrolou na última volta e não havíamos definido uma estratégia para tal cenário antes da corrida. Lamentavelmente, Max só foi informado na última volta a respeito do pedido para abrir mão da posição sem que todas as informações necessárias fossem repassadas. Isso colocou Max, que sempre foi um jogador de equipe aberto e justo, em uma situação comprometedora com pouco tempo para reagir, o que não era nossa intenção”, diz o texto.

“Após a corrida, Max falou aberta e honestamente, permitindo que ambos os pilotos resolvessem quaisquer problemas ou preocupações pendentes. A equipe aceita o raciocínio de Max, a conversa foi um assunto pessoal que permanecerá privado entre a equipe e nenhum comentário adicional será feito”, completou.

No comunicado, a Red Bull ainda lamentou comentários críticos que alegou ter recebido de torcedores nas redes sociais. O time defendeu tanto pilotos quanto demais funcionários, e afirmou que até familiares foram alvo da postura dos fãs – o que incluiu mensagens de ódio e ameaças de morte.

“Os eventos que se seguiram do ponto de vista da mídia social são completamente inaceitáveis. O comportamento online abusivo em relação a Max, Checo, a equipe e suas respectivas famílias é chocante e triste e, infelizmente, é algo que nós, como esporte, estamos tendo que abordar com uma regularidade deprimente”, descreve a equipe austríaca.

“Não há lugar para isso nas corridas ou na sociedade como um todo, e precisamos fazer e ser melhores. No final das contas, isso é um esporte, estamos aqui para correr. Ameaças de morte e cartas de ódio são deploráveis. Valorizamos a inclusão e queremos um espaço seguro para que todos possam trabalhar e desfrutar do nosso esporte. O abuso precisa parar”, concluiu.

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