Congressistas dos EUA pressionam a Fórmula 1 e apoiam entrada da Andretti

Em carta, representantes políticos apontam possível violação de leis antitruste em veto a equipe

Da redação

Representantes políticos apontam possível violação de leis antitruste em veto a equipe
Governo americano

A possível entrada da Andretti na Fórmula 1 ganhou o apoio de congressistas norte-americanos, unindo adversários históricos da política dos Estados Unidos.

Uma carta assinada por 12 integrantes do Congresso dos EUA, equivalente à Câmara dos Deputados no Brasil, acusa a F1 de violar leis antitruste e o direito a concorrência. O documento é firmado por representantes os partidos Republicano e Democrata, os dois principais segmentos do país.

A candidatura da Andretti com o apoio da General Motors foi aprovada pela FIA (Federação Internacional de Automobilismo), mas recusada pela Liberty Media, empresa norte-americana que detém os direitos da F1. Segundo a organização, a entrada da equipe de Michael Andretti “representaria um fardo operacional para os promotores de corridas, sujeitaria alguns deles a custos significativos e reduziria os espaços técnicos, operacionais e comerciais dos outros concorrentes”.

Os congressistas norte-americanos, no entanto, afirmam que a situação caracteriza um truste, termino que define a união de partes que dominam um determinado mercado para minar concorrentes, de forma a assegurar mais lucros.

“‘A Lei Sherman Antitruste de 1890 proíbe restrições irracionais à concorrência de mercado para produzir o melhor resultado para o consumidor norte-americano. Como é que a negação da FOM à Andretti e à GM, empresas de propriedade norte-americana, se enquadra nos requisitos da Lei Sherman, uma vez que a decisão beneficiará as atuais equipes de corrida europeias e às suas afiliadas estrangeiras?”, questiona o texto direcionado ao CEO da Liberty, Greg Maffei.

“Entendemos que a GM pretende reintroduzir a sua marca Cadillac no mercado europeu, o que apoiaria milhares de empregos automóveis norte-americanos bem remunerados, especialmente com o público mundial da Fórmula 1”, acrescenta a carta.

A F1 não se manifestou a respeito da carta dos congressistas. No entanto, a categoria já admitiu reavaliar a proposta da Andretti em 2028 caso a General Motors consiga fabricar as unidades de potência que forneceria para a equipe.

Nada de Fórmula 2

Em busca de uma vaga na F1, a Andretti já manifestou interesse também em contar com equipes na Fórmula 2 e na Fórmula 3. No entanto, o cenário de recusa nas categorias de formação é semelhante.

Segundo Bruno Michel, responsável pelas duas categorias, não há espaço para um novo time em nenhum dos grids. Assim, a Andretti teria que adquirir ou se tornar parceira de uma equipe já existente.

“Nós costumávamos ter 26 carros na GP2, então caímos para 20 e subimos para 22. Estou bastante feliz com os números que temos no momento”, disse Michel, segundo o site Race Fans.

“Para a Fórmula 3, acho que está completamente fora de cogitação a questão de aumentarmos o número de carros. Trinta carros já é muito, e é um número muito bom”, completou.

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