Revolucionária, Rita Lee tratou de tabus e se tornou rainha do rock no Brasil

Dona de um estilo próprio e por vezes irônico, deixou a sua marca em grandes hits e fez história na música

Da redação

Rita Lee morre aos 75 anos em São Paulo
Rerodução/Instagram

Rita Lee morreu aos 75 anos em São Paulo nesta terça-feira, 09 de maio. Nascida em São Paulo, em 31 de dezembro de 1947, ela se tornou uma das mais renomadas artistas do mundo e ficou conhecida pela alcunha de “rainha do rock” no Brasil. Dona de um estilo próprio e por vezes irônico, deixou a sua marca em grandes hits como “Ovelha Negra”, “Lança Perfume”, “Era Venenosa”, “Mania de Você” e tantos outros. 

Um dos momentos mais importantes do início da carreira foi durante a passagem pela banda Mutantes, em meados dos anos 60 e início da década seguinte, que fez história no cenário musical brasileiro ao mesclar rock progressivo com o tropicalismo. A saída da cantora da banda foi turbulenta, uma vez que ela foi expulsa do grupo após divergências artísticas e com Arnaldo Baptista – um dos integrantes e com quem ela era casada. 

Após a saída dos Mutantes, Rita formou uma dupla feminina com  Lúcia Turnbull – As Cilibrinas do Éden. Na sequência, entrou para o grupo Tutti Frutti nos anos 1970. Foi nessa época que ela conheceu o seu grande amor, o compositor e multi-instrumentista Roberto de Carvalho, com quem esteve casada por mais de 40 anos e pai de seus três filhos.

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Veja fotos sobre a vida e a carreira de Rita Lee
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A cantora Rita LeeReprodução/Facebook/Rita Lee
Rita Lee apareceu no final dos anos 1960 com Os MutantesReprodução/Facebook/Rita Lee
A banda tinha ela como cantora e os irmão Sérgio e Arnaldo BatistaReprodução/Facebook/Rita Lee
Rita Lee sempre coloridaReprodução/Facebook/Rita Lee
Rita Lee fez sucessos como 'Mamãe Natureza' e 'Ovelha Negra'Reprodução/Facebook/Rita Lee
Rita Lee e Roberto de CarvalhoReprodução/Facebook/Rita Lee
A cantora Rita LeeReprodução/Facebook/Rita Lee
Rita Lee em sua casa em São PauloReprodução/Facebook/Rita Lee
Rita Lee na capa do disco que leva seu nomeReprodução/Facebook/Rita Lee
A cantora Rita LeeReprodução/Facebook/Rita Lee
Rita Lee na época do sucesso 'Lança Perfume'Reprodução/Facebook/Rita Lee
Rita Lee e Milton NascimentoReprodução/Facebook/Rita Lee
Rita Lee e Gal CostaReprodução/Facebook/Rita Lee
Rita Lee e Gilberto GilReprodução/Facebook/Rita Lee
Rita Lee e Caetano VelosoReprodução/Facebook/Rita Lee
Rita Lee sempre esteve à frente do seu tempoReprodução/Facebook/Rita Lee
Rita Lee com o marido Roberto de Carvalho e os filhos Antonio, João e BetoReprodução/Facebook/Rita Lee
Rita Lee com o marido e os filhosReprodução/Facebook/Rita Lee

Rita e Roberto também formaram uma importante parceria musical, o que deu origem a clássicos como “Lança Perfume”, “Nem Luxo, Nem Lixo” e “Banho de Espuma” e outros hits que os levaram ao sucesso até mesmo internacional.

Ao longo da carreira, a cantora, vista como transgressora, revolucionou o gênero ao tratar de temas tratados como tabus, como menstruação, sexo, drogas. Uma das maiores artistas do Brasil, Rita Lee teve uma importância para além da música, trazendo um discurso de empoderamento feminino seja nas composições ou mesmo em entrevistas. 

Crítica e direta ao ponto, a cantora falou em sua autobiografia sobre feminismo e o que pensava dos rumos do movimento. “O que mais se vê é um feminismo chauvinista do vamobotáozmachoprafudê, desviando a artilharia do que é mais importante: salários iguais e o direito sobre o próprio corpo”, declarou.

Além do cabelo ruivo

Nos últimos anos, Rita Lee se cansou de manter os cabelos ruivos e aderiu ao grisalho. É claro que, tratando-se da cantora, a coloração dos fios refletia o comportamento autêntico da artista. O ruivo nasceu após a polêmica saída dos Mutantes.

“Na fase Mutantes, minha borboleta era loira. Depois que fui expulsa da banda, para ensolarar mais a cabeça, fui bundar em Londres e lá mergulhei as madeixas na henna marroquina e ruivei. Quando os cabelos começaram a embranquecer, a henna não pegava mais... E como sempre fui eu mesma quem pintava, parti para várias tintas vagabundas”, afirmou ela em entrevista à Revista Quem, em 2015.

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