A influenciadora Leandrinha Du Art, pediu Izaac Medeiros em namoro nesta quarta-feira (25) e viralizou nas redes sociais, por mostrar ser uma mulher de atitude. Os dois tinham um relacionamento a distância, ela vive em Passos, Minas Gerais e ele é de Natal, no Rio Grande do Norte e com isso, se conheceram pelo Instagram. 

 "A lupa do Instagram me recomendou esse moço. Aí eu falei: 'Hummm, interessante'. Fui lá e mandei um coraçãozinho verde", disse Du Art.  E Izaac então rebateu: "Aí ela me ganhou assim, bem rápido. Chegou como quem não quer nada e ganhou tudo".

Leandrinha é conhecida nas redes por falar de sexo abertamente e, agora com relacionamento, ela afirmou que os dois se dão muito bem na cama. "Nossa conexão é incrível. Vou te contar que [entre] dois arianos tinha fogo. Tá dando tudo certo, gente. A nossa conexão é surreal", contou a inflenciadora. 

Com a exposição do namoro, ela recebeu críticas na rede social X (antigo Twitter): “Até a Leandrinha está namorando!". Ao ver o tuíte, a influenciadora respondeu o internauta.

“E aí gente, o que acontece? A mamãe é o assunto mais falado do Brasil no Twitter. Vocês nunca viram pessoas com deficiência namorar não, é? O choque é isso?”

Quem é o namorado de Leandrinha? 

Izaac Medeiros têm 27 anos, é dono de uma loja de eletrônicos na sua cidade natal, Rio Grande do Norte. Ele conserta falhas em aparelhos com assistência profissionalizada e faz entregas de produtos para todas as cidades. 

Afinal, quem é Leandrinha Du Art? 

Leandrinha, tem 28 anos, é conhecida nas redes sociais por tratar de temas sobre gênero e sexualidade. Nascida em Minas Gerais, a influenciadora tem a Síndrome de Larsen, uma condição que afeta o desenvolvimento dos ossos da criança desde o útero da mãe. Com isso, é comum que os pés, joelhos ou quadris tenham má formação. 

“Algumas pessoas usam cadeiras de roda; outras, não. Optei por não fazer mais cirurgias [para melhorar as articulações e coluna]. Andar não era mais minha prioridade”, disse Leandrinha em entrevista a Marie Claire.

Ela parou com as cirurgias há 17 anos, na época, Leandrinha também optou deixar a religião que tinha, pois a igreja que frequentava, não aceitava pessoas trans. “Me libertar das amarras morais da igreja foi algo mais fácil por eu já estar satisfeita com o meu processo corporal e com minha sexualidade”, expressou. 

A influenciadora relembra a época da escola, onde escondia o seu corpo por vergonha e então, utilizava roupas largas para não chamar atenção, até da voz ela tinha vergonha. Entretanto, isso mudou no ensino médio, quando o menino mais bonito da sua sala disse querer beijá-la, então Leandrinha se questionou: “Como o garoto mais bonito da escola iria olhar para a menina que nem se olhava no espelho?”. A partir deste dia, ela decidiu que suas inseguranças não iriam mais afetar sua vida.

“Joguei a insegurança para o alto e falei: 'Me beija então'. Ele me tirou da cadeira de rodas, me colocou sobre a pia do banheiro e a gente se beijou. Se ele viu beleza em mim, por que eu não podia ver?”, lembrou ela. 

No Instagram, Leandrinha tem mais de 1 milhão de seguidores e aborda temas de sexualidade, faz crônicas, é fotógrafa e tem um blog que expõe suas reflexões. Além disso, é ativista e já tentou ser candidata a deputada federal pelo Partido Socialismo e Liberdade (PSOL) em 2018. 

Na sua abordagem sobre sexo, ela quebra o estereótipo de que pessoas com deficiência não podem se relacionar. “A gente vive em uma estrutura que, além de tirar nossa autonomia, coloca que os corpos com deficiência não têm desejo ou o poder de ser desejado. Na minha família sempre tive independência, mas nunca falaram sobre sexualidade comigo. Achavam que, por ter deficiência, meu corpo não podia ser sexual. Queria falar sobre isso e acabar com esse estigma”, concluiu. 

O que é a Síndrome de Larsen?

A Síndrome de Larsen é uma doença genética rara, que pode afetar 1 em cada, 100000 pessoas. Os pacientes geralmente apresentam pés tortos, luxações nos quadris, joelhos e cotovelos, mas não é uma regra que todos tenham os mesmos sinais. 

As pessoas que apresentam a Síndrome, tem baixa estatura, hipermobilidade e problemas na coluna como escoliose, que pode pressionar a medula espinhal do paciente, o deixando fraco. A estrutura facial também é afetada com protuberância frontal, achatamento da ponta do nariz e olhos maiores. A audição pode ser acometida em alguns casos devido à má formação, mas não é uma regra. 

O tratamento consiste em terapia com acompanhamento ortopédico, cirurgias, respiração assistida, fonoaudiólogo e fisioterapia para melhora dos movimentos.