Quem é a mulher indicada ao Oscar 14 vezes sem nunca ter vencido

Diane Warren é dona de grandes hits, mas até hoje nunca conquistou a estatueta nas categorias competitivas

Guilherme Machado

A compositora Diane Warren
REUTERS/Mario Anzuoni

Quando Glenn Close perdeu seu sétimo Oscar, houve um movimento de indignação entre fãs, que achavam que já havia passado da hora de ela ganhar o prêmio. Pois se foi difícil para a atriz, imagine para Diane Warren, que em 2023 está indicada para sua 14ª estatueta, sem nunca ter vencido. Talvez o nome dela não seja imediatamente reconhecível, uma vez que ela atua por trás das câmeras, mas seu trabalho é extremamente popular.

Compositora, ela é responsável pelas melodias e letras de canções icônicas, que fizeram sucesso nas vozes de artistas como Céline Dion, Lady Gaga e Aerosmith. São dela hits como “Because You Loved Me”, “How Do I Live”,  "I Don't Want to Miss a Thing" e "There You'll Be".

Todas estas músicas, aliás, foram feitas para trilhas sonoras de filmes e ganharam uma indicação na categoria de melhor canção original do Oscar. Ao todo, todas as nomeações de Diane ao prêmio foram nesta categoria. 

Porém, indicação após indicação, ela viu o prêmio escapar de suas mãos. De 1996 a 1999, ela chegou a ser indicada em todas as cerimônias, e não levou uma única vez. Em 2023, ela está indicada pela música “Applause”, do longa “Tell It Like a Woman” – que também não é favorita ao Oscar.

Mesmo no universo musical, Diane não teve muita sorte. Indicada 11 vezes ao Grammy, maio prêmio da música, ela venceu uma única vez, pela canção “Because You Loved Me”. 

Diane Warren iniciou sua carreira cedo, aos 15 anos de idade, quando apoiada pelo pai, começou a bater à porta de produtores e gravadores em busca de uma chance. Fãs dos Beatles, ela ficou emocionada em 2002 quando se encontrou com Paul McCartney, que também estava indicado na categoria de melhor canção original do Oscar.

Em 2022, depois de tantas perdas nas categorias competitivas, ela conquistou uma estatueta honorária – uma forma que a academia usa muitas vezes para compensar o fato de nunca ter dado o prêmio a uma pessoa. 

“Ele [o Oscar] vai dormir na cama comigo. Vou colocar no meu piano, vou olhar para ele todos os dias. Estou muito orgulhosa e não vou fazer cena. Estou muito empolgada por isso", disse ela na ocasião em entrevista para a Variety. Mas, até hoje, a estatueta competitiva segue distante. E é provável que continue assim.

Tópicos relacionados

Mais notícias

Utilizamos cookies essenciais e tecnologias semelhantes de acordo com a nossa Política de Privacidade e, ao continuar navegando, você concorda com estas condições.