Público 50+ domina The Town e dá show: “Evento bem democrático”

Sempre é tempo de se divertir e aproveitar o melhor da vida; saiba como foi a experiência deles na primeira edição do festival

Por Hanna Rahal

Jean Araujo, de 51 anos e Andreia Alcântara, de 52
Reprodução

Dos mesmos criadores do Rock in Rio, a primeira edição do The Town acontece no Autódromo de Interlagos. A Cidade da Música foi montada em uma área de 350 mil metros quadrados, para receber atrações como Bruno Mars, Post Malone, Foo Fighters e Maroon 5. Estima-se que mais de 100 mil pessoas participem de cada dia do evento, e dentre elas, o público 50+ se mostrou muito presente. 

Chegar aos 50 anos é um marco para a maioria das pessoas, assim como é também um sinal de que muitas coisas foram vividas e não faltam histórias para contar. Entretanto, é muito comum que se olhe apenas as mudanças negativas desse período, mas que não deveriam ser prioridade.

Essa fase da vida é conhecida como a melhor idade, isso porque, há mais segurança financeira, e mais tempo para dedicar-se a novos hobbies, sonhos e desejos. Não há novidades em relação ao ciclo da vida, todos irão envelhecer, mas cabe a cada pessoa decidir como irá viver esse momento. 

Em entrevista exclusiva ao Band.com.br, Jean Araújo, de 51 anos e a esposa, Andreia Alcântara, de 52, aproveitaram a megaestrutura para curtir a primeira experiência em um festival de música tão grande. O The Town conta com quatro palcos, além de brinquedos como roda-gigante, montanha-russa, e praça de alimentação.

O casal tentou participar de todos os dias de evento, porque vontade não faltou. O que faltou mesmo foi o dinheiro para pagar os ingressos que custavam R$ 815 (inteira). Contudo, com o aniversário de Andreia batendo na porta, eles decidiram investir em pelo menos um dia de experiência no evento. 

No terceiro dia de festival, eles chegaram mais tarde para se ambientar: “Vamos devagarinho. Não ficamos agoniados. A gente já sabe o que veio ver”, conta Jean. Pais de um casal de 22 e 28 anos, eles foram animados pelo show do Maroon 5 e não levaram os filhos. “Estamos ansiosos para ouvir Moves Like Jagger porque faz parte da nossa história”, conta Andreia. 

Entretanto, apesar de animados, eles foram impactados pelas opiniões negativas: “Quando entrei no festival, achei tudo muito lindo. Nos primeiros dias me falaram mal, quase vendi meu ingresso, mas decidi encarar e estou achando tudo legal e tranquilo”, conta a mulher. 

“A gente vê as opiniões da internet. Escuto e entendo. Mas antes de aceitar a opinião deles, eu preciso ter a minhã experiência”, avalia Jean. Apesar de ser o primeiro festival de música juntos, o casal já curtiu inúmeros eventos e passeios fora do país, e eles contam que admiraram a estrutura: “Para nós, é legal ver uma instalação desse tamanho no Brasil”. 

Tradição de mãe para filhos 

Jeane Marini, de 56 anos, e Luciana Melo, 52 anos, são amigas do Rio de Janeiro que moram em São Paulo. Fãs assíduas de festivais, inclusive, já maratonaram todos os dias de uma das edições do Rock in Rio, foram curtir o terceiro dia de The Town com os maridos.

“Gosto de festival pela energia que a gente encontra aqui. As pessoas vêm com o propósito de se divertir e curtir a música. Além dos espetáculos, é legal, porque o público não está preocupado com nada, cada um vem curtir a sua vibe. É bem democrático”, diz Jeane. 

Luciana conta que foi em um festival pela primeira vez quando o filho tinha 9 anos. Hoje, o jovem tem 21. Apesar de não ter ido nessa edição com a mãe, ela diz que sempre aproveita com o filho. “Quando estou com ele, curto até mais, porque a gente fica no meio da muvuca. Meu filho não liga se está com a mãe ou se ela é velha”, brinca. 

Jeanne tem dois filhos. Um homem de 33 anos e uma mulher de 29 anos. A mãe explica que ainda curte mais um dia de The Town, e dessa vez, aproveita o evento com o filho mais velho. “É muito legal. Acho que a gente passa o nosso gosto musical e também aprende com eles”, considera. 

Luciana ainda complementa: “Meu filho curte Post Malone, e eu nunca tinha ouvido falar. Agora, eu curto Post Malone, achei super legal. O que ele ouve a gente gosta, o que a gente ouve eles curtem. É uma troca emocionante, não tem como deixar de aproveitar”.

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