O influenciador Roberto Bete relatou os ataques que sofre por ter engravidado. Ele, que é um homem trans e protagonista do documentário “Pai Grávido”, que está disponível no Bandplay, conversou com o Band.com.br durante o The Town e disse que usa os comentários carinhosos que também recebe para se fortalecer.
“Ver um homem grávido não é uma coisa muito comum, eu ainda sofro muitos ataques por ser um pai que gerou. Por outro lado, pessoas que nunca tiveram contato com a transgeneridade ou até com um homem gestante, é como se desse um estalo e elas conseguissem ver isso com um olhar mais amoroso”, frisou ele.
O influenciador mostrou ainda que não se abate com as críticas maldosas. Para o The Town, ele apostou em um corte de cabelo diferentão e chegou a pintá-lo com chamas. “Demorou bastante, em torno de 8 horas, mas que valeram super a pena. Vai ser minha marca agora”, destacou.
O Pai Grávido
Roberto é um homem trans. Erika Fernandes, uma mulher trans. Em comum, ambos carregavam o sonho de construir uma família. Contrariando cada opinião negativa, e apesar de cada uma das adversidades, eles fizeram isso com maestria. E, aí, começou a história do pai grávido e do bebê que mais tarde viria ao mundo, Noah.
Já se passou pouco mais de um ano desde o parto, e as coisas mudaram muito. Não foi só por uma rotina intensa que é trabalhar, criar uma criança, aceitar a readaptação do corpo e ainda curtir momentos de lazer, houve também uma separação.
Há alguns meses, Beto e Erika entenderam que a união deles tinha um propósito muito maior: colocar o Noah no mundo, mas que com opiniões diferentes sobre a vida, entenderam que ali não existia mais um laço de casal, e sim, um laço de amizade e parceria.
Em entrevista exclusiva ao Band.com.br, Beto explica que, para ele, o puerpério não influenciou na decisão de separação. “A gravidez uniu a gente. Acho que o desejo de ter um filho foi maior do que o desejo de estarmos juntos”.