Wilton celebra a final do MasterChef e revela spoiler do menu: “Trajetória"

Aos 26 anos, Wilton disputa a final da 10ª temporada do MasterChef Brasil com Ana Carolina – leia entrevista exclusiva

Aline Naomi e Stefani Sousa

Três tentativas de inscrição, um avental conquistado com coxinha e muitos altos e baixos marcam a trajetória de Wilton no MasterChef Brasil 10. Em maio, no início da temporada, o professor de canto, natural de Martinópolis (SP), encarou os desafios técnicos, venceu um embate e estreou na competição aos 26 anos. Quatro meses depois, é um dos finalistas de 2023 e disputa, ao lado de Ana Carolina, o tão desejado troféu.  

Sorte? Que nada! O protagonismo no último episódio é fruto de esforço, estudo e dedicação. Em entrevista ao Band.com.br, Wilton conta que chegou a duvidar de que chegaria a esta posição. Foi o desenvolvimento dele no jogo que fez com que, aos poucos, pudesse enxergar a possibilidade. Hoje, celebra a participação como uma vitória coletiva: “Isso mostra que não importa sua identidade de gênero, sua cor, seu corpo, sua sexualidade, se você é bom em alguma coisa, você vai lá, faz e mostra. O programa representa isso", celebra.  

Ao longo de 19 episódios, Wilton conquistou três pins de melhor receita, elogios memoráveis e broncas também. De Erick Jacquin, após uma sequência árdua de provas de eliminação, ouviu que o baião de dois feito por ele parecia “buffet de rodoviária, com sobras do dia anterior”. No mesmo episódio, deu a volta por cima e emocionou o jurado ao preparar um bolo que “tocou o coração” do francês.  

“Não foi só o estudo em si", explica sobre a evolução no programa. "Tenho certeza de que as outras pessoas também estudaram. Mas acho que [o diferencial] foi principalmente escutar o que os chefs falavam. Anotei todas as críticas e me dediquei para melhorar acidez, corte, empratamento, molhos... Todas as críticas foram construtivas. Se os jurados falam que está ruim, não tem que retrucar, o correto é melhorar para que eles não reclamem de novo”, diz.

Wilton conquistou a vaga para a final com zampone, receita que nunca havia nem mesmo ouvido falar. “Fiquei meia hora pra tirar a pele do pé do porco. Tinha um pouquinho de ansiedade, mas já estava tentando trabalhar essa tranquilidade na hora de cozinhar há algumas provas”, pontua ao lembrar da tensão na semifinal. Deu certo! “É maravilhoso, uma realização, uma concretização. É uma esfregação na cara das pessoas que dizem que só entrei porque sou LGBT.”  

Ele promete entregar tudo na final do MasterChef

Na terça-feira, 12 de setembro, o competidor enfrenta Ana Carolina no duelo final. A body piercing é a participante que mais teve  vitórias na temporada, mas Wilton diz que isso não o intimida. “O pin é uma mera formalidade. Em relação a vitórias, nós íamos estar em 8 a 7. Eu ganhei [além das provas individuais, que foram 3] dois duelos e duas provas em grupo. E ela teria 8. A diferença é pouca, mas de qualquer forma são apenas números”, explica sobre a rival, de quem se tornou amigo. Era ela, inclusive, que ele desejava enfrentar na grande decisão. 

Ansiedade é a palavra que define a expectativa do cozinheiro amador para o último episódio, de número 20. “Quero fazer o meu menu, nele tem todo um contexto sobre a minha trajetória e sobre a minha vida. Um prato, inclusive, é inspirado na coxinha da minha mãe. Quero ganhar, não estou aqui à toa”, diz. Apesar disso, a certeza de um futuro na gastronomia o deixa tranquilo: “Já sou um estudante da área, ganhando ou perdendo eu já tenho um curso [do prêmio], então é felicidade”.  

O professor, que tem uma calça da sorte no MasterChef, não usará a peça na final, mas garante que o look, feito pela mesma estilista, promete arrasar: “É um macacão verde que brilha horrores, é belíssimo”. No figurino há ainda um lenço que ele ganhou da amiga, e ex-participante, Dielen. Boa sorte, Wil!  

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