Barrichello: "Ayrton Senna parecia amargurado porque não teve ajuda"

Ao falar sobre as chances de democratização do automobilismo, Rubinho relembrou a importância de apoiar um competidor desde o início da carreira, ao contrário do que aconteceu com o ídolo brasileiro

Da Redação

Rubinho participou da Pizzaria do Faustão desta segunda-feira
Reprodução / Faustão Na Band

Rubens Barrichello foi um dos convidados da Pizzaria do Faustão desta segunda-feira (11). Durante o programa, João Guilherme aproveitou para tirar uma dúvida: é possível democratizar o automobilismo, mesmo ele sendo um esporte de alto custo? Na resposta, Rubinho citou a importância de incentivar os competidores desde o início de suas carreiras – e citou o exemplo de Ayrton Senna, que não teve essa oportunidade.

“Faustão, desde quando a gente se conhece, você me apoiou. Lembra quando eu cheguei no Perdidos na Noite andando com o kart? O mundo precisa disso, de apoio, de gente que reconhece antes de a pessoa ser alguma coisa. Quando o Ayrton Senna chegou lá no topo, ele falava: ‘Eu não tive apoio de ninguém’. Parecia até amargurado, porque não teve um empurrão”, exemplificou. 

Trabalho com crianças carentes

Rubinho relembrou o momento em que ganhou seu primeiro kart, aos 6 anos. “Meu avô falou: ‘É um passarinho’. Eu fui o caminho todo pensando que ia soltar o bicho. Chegando lá, eu ganhei um kart. Naquele dia, eu senti um amor tão grande por esse esporte que eu melhorei na escola, em todos os lugares”, disse.

“É isso que eu quero no Instituto Família Barrichello. Existe uma parte que chama IBK, na qual nós damos para crianças carentes a chance de andar de kart, para que elas possam se identificar. Já notamos melhora na escola, na liberdade de expressão”, contou. O ex-competidor citou também outro trabalho feito na instituição. “Também usamos o skate, porque a criança precisa ter coragem para subir, poder deslizar. É um trabalho psicológico”, resumiu. 

Simuladores de corrida

Ainda falando sobre a democratização do automobilismo, Rubinho citou os simuladores de corrida. “Hoje em dia a gente tem um fator que ajuda muito, que é o lado virtual. É possível montar um simulador em casa e entrar em salas de competição”, apontou. 

Faustão quis saber se a tecnologia funciona mesmo. “É muito real. Tanto que, para o cara que anda de simulador, se chamar de videogame, ele fica bravo. É aquela história: se o piloto está na Alemanha e o carro não está bom, ele pega um avião, vai até a Inglaterra e testa o simulador e coisas novas para o dia seguinte. A Fórmula 1 tem investido muito nisso, a gente já tem pilotos virtuais que se tornaram reais e vice-versa", garantiu. 

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