Guia prático para tutores: como não errar na saúde do pet nos dias mais quentes

Um bom termômetro para um passeio debaixo do sol do meio-dia é saber se você suportaria andar descalço pelo asfalto fervendo

Hidratação constante com acesso a água fresca e limpa deve ser prioridade
Pixabay

Se os humanos já sofrem com as temperaturas que ultrapassam os 30 graus e sensações térmicas que chegam a mais de 40º, imagine os pets que não conseguem reclamar do calor nem escolher onde ficar na hora mais quente do dia. Muitas vezes, é exatamente na hora do almoço com o sol a pino que o tutor leva o coitado do cãozinho para passear. Misericórdia.

Quem nunca lamentou pelo pet alheio queimando as almofadinhas em pleno meio-dia ou viu com pesar aquela baita língua pra fora quase arrastando no chão de tanto calor? Informação nunca é demais. Por isso, segue aqui um guia prático de como cuidar do seu pet no Verão e não errar na saúde e bem-estar do bichinho.

A primeira dica, sempre, é aquela em que vale o velho bom senso. Você conseguiria andar descalço no asfalto quente por onde está levando seu cãozinho para passear? Pois é! Seu pet também não.

Cuidados especiais no Verão

O clima é um convite para mais passeios, visitas ao parque e brincadeiras ao ar livre. No entanto, é preciso ter cuidado com a exposição solar a fim de evitar queimaduras e lesões na pele que podem futuramente ocasionar carcinomas. De forma conjunta, é imprescindível garantir a hidratação sempre oferecendo água fresca e limpa.

Mais doenças cutâneas à vista

A maior temperatura e umidade podem facilitar a sobrevivência de patógenos e parasitas, consequentemente gerando mais doenças cutâneas. Pode haver aumento de pólen no ambiente, além de ácaros e outros agentes que são alérgenos, causando reincidência de lesões em cães com dermatite atópica ou gatos com síndrome atópica cutânea felina.

Otite é comum

Uma doença muito comum em animais alérgicos que pode ocorrer mais facilmente no verão é a otite. Novamente, a maior umidade facilita a proliferação de patógenos nas orelhas. Os sinais incluem coçar as orelhas ou esfregar a cabeça em superfícies, odor fétido, vermelhidão no conduto auditivo, meneios de cabeça e, em alguns casos, dificuldade de equilíbrio.

Hidratação constante

Assegure-se de que seu pet tenha acesso constante a água fresca e limpa. Ao sair para passear, leve uma garrafa de água e uma tigela portátil para garantir a hidratação adequada.

Proteção efetiva contra o sol

A melhor maneira de não desenvolver doenças de pele é prevenindo com o uso de loção bloqueadora solar. Lesões solares podem levar ao desenvolvimento de câncer de pele em cães e gatos. Animais de pele clara ou com pelagem curta são mais suscetíveis, tornando crucial a aplicação de medidas preventivas.  

Assaduras

Infecções cutâneas em áreas de dobrinhas tendem a ser comuns em qualquer época do ano, justamente por serem áreas mais úmidas e quentes. Os banhos, em cães, são uma boa forma de diminuir a presença de alérgenos e patógenos que podem causar alergias ou infecções.

Consulta veterinária é essencial

É importante reforçar que cada animal é único e, mesmo seguindo todas as recomendações, pode desenvolver algum tipo de dermatite solar, portanto, a visita ao médico veterinário é indispensável.

Fontes: Para o assunto desta coluna, foram entrevistados o médico-veterinário Kauê Ribeiro da Silva, que também é coordenador de comunicação técnica da Vetnil e Edren Silva, veterinário e coordenador técnico da Soft Care, marca da Pet Society.

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