A Braba é Ela! Pocah dispara: “Não posso cantar sobre a minha liberdade sexual?”

Cantora lança novo EP e, em entrevista, diz com o funk mudou a sua vida. “Libertador”, declara.

Felipe Pinheiro

  • facebook
  • twitter
  • whatsapp
Pocah lança novo EP e fala sobre como o funk e libertou
Divulgação

Avisa que “a braba é ela”! Pocah acaba de lançar seu mais novo EP – A Braba é Ela –, com 5 faixas, que faz um resgate de sua história e do encontro com o funk. Questionada pelo Band.com.br sobre a influência do gênero musical para ela enquanto artista e mulher, a cantora  nascida em Duque Caxias, no Rio de Janeiro, afirmou que o ritmo mudou a sua vida de forma profunda. 

“A forma como o funk me abraçou foi libertador, e eu entendia que era um ritmo marginalizado. A primeira vez que falei numa roda de família, muita gente não entendeu o que eu queria quando ingressei na carreira como MC. Aquilo só me motivou. Quem desacreditou,  achou que eu estava louca. Isso me motivou”, declarou. 

Foi desagradável, mas me empoderou porque eu sabia que estava no caminho certo.


Pocah, que no início da carreira era a MC Pocahontas, conta que foi com o funk que ajudou a mudar não apenas a própria vida, como da família e da equipe com quem trabalha. Para ela, o funk a libertou. 

“Acredito que me empodera como mulher quando eu canto que foi ‘passar sarrando jogando cabelo nele’. Eu não posso cantar sobre a minha liberdade sexual? Posso e falo. Vão criticar, mas a crítica deles não muda em nada. Eu me orgulho da minha garra e da minha ousadia. É isso que me leva longe”, afirma. 

Um dos destaques de A Braba é Ela é a faixa “Assanhadinha”, que trata o período da juventude de Pocah. Para o EP, a artista voltou à comunidade onde morou para gravar o clipe da canção. 

“Não pisei na comunidade como estrela, mas revivendo uma fase gostosa. É com muita gratidão e humildade. Tem uma frase do Filipe Ret que diz,’ para saber onde se quer chegar, é importante lembrar de onde veio’. Sei de onde eu vim. Sou grata à minha comunidade Duque de Caxias por todas as vivências”, declara. 

Aos 28 anos, Pocah se orgulha de cantar o que pensa e espera que suas músicas possam reverberar. Ela espera que possa ajudar a abrir portas a outros artistas. Se tem um sonho? É o de servir como instrumento de transformação.

“Eu me entendo como uma mulher poderosa, como uma grande potência. Quero partir daqui deixando um legado. Toda hora nasce uma artista nova e espero deixar algo valioso. Que elas continuem, mas sofrendo menos. Sei que não  é fácil. Não romantizo, mas espero que o funk conquiste muitos espaços. Que haja um crescimento. Que as mulheres do funk jamais desistam e permaneçam firmes e fortes”, afirma. 

Assista ao clipe de Assanhadinha!

Mais notícias

Utilizamos cookies essenciais e tecnologias semelhantes de acordo com a nossa Política de Privacidade e, ao continuar navegando, você concorda com estas condições.