Moraes manda diretor da PRF parar operações contra transporte de eleitores

Operações de "fiscalização" da PRF estariam impedindo fluxo de pessoas em estados do Nordeste

Da Redação

O ministro Alexandre de Moraes, presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), determinou que o diretor da PRF (Polícia Rodoviária Federal) Silvinei Vasques interrompa "imediatamente" operações que impeçam o transporte público de eleitores neste domingo (30), dia do segundo turno das eleições.

No pedido, a coligação do candidato do PT à Presidência da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT) alegou que a PRF estaria fazendo operações e dificultando o transporte público de eleitores.

A presidente do PT, Gleisi Hoffmann, disse que o partido pedirá a prisão do diretor da PRF.

“ATENÇÃO-pedimos a prisão do Diretor Geral da PRF e dos Superintendentes Regionais q ñ estão cumprindo a decisão do TSE. Peço aos parlamentares da nossa coligação q se dirijam aos locais das operações em seus estados e deem ordem de prisão aos policiais, inclusive PMs como no RJ”, escreveu no Twitter.

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"Conforme as denúncias recebidas pela coligação, a PRF está realizando operações para evitar o trânsito de ônibus e carros, nas regiões Norte e Nordeste, e, com isso, aumentar abstenção de eleitores", diz a campanha.

No sábado (29), o TSE já havia determinado que a PRF não fizesse operações no transporte público, para não atrapalhar a votação.

O ministro Gilmar Mendes, do STF (Supremo Tribunal Federal), pediu explicações para a PRF sobre eventuais operações.

Em ofício circular, assinado às 2h43 desta madrugada, o diretor-geral da PRF, Silvanei Vasques, sugere que não iria cumprir a ordem proferida pelo TSE. 

Neste domingo, diante dos relatos de descumprimento da ordem, Moraes determinou que Vasques dê esclarecimentos imediatos.

"Oficie-se, com urgência, o diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal para informar imediatamente sobre as razões pelas quais realizadas operações policiais [...] relacionadas ao transporte público de eleitores", escreveu Moraes.

Na noite do sábado, Silvinei Vasques postou no Instagram um pedido de voto ao presidente Jair Bolsonaro. Depois, apagou a postagem. 

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