Moraes diz que assediar funcionários para induzir voto é crime comum e eleitoral

Presidente do TSE diz que convocou reunião para "alinhar formas mais eficazes de combate ao assédio eleitoral dentro das empresas"

Da Redação

O ministro Alexandre de Moraes, presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), afirmou nesta quinta-feira (13) que o combate ao assédio eleitoral nas empresas será intensificado e acelerado, diante do aumento de casos noticiados desde o início do segundo turno das eleições. 

Diversas situações em que o empregador tenta coagir funcionários para votar ou deixar de votar em determinado candidato foram registradas nas últimas semanas. 

"Isso é crime. Isso é crime comum, é crime eleitoral e vai ser combatido como já vem sendo combatido, principalmente pelo Ministério Público do Trabalho. Essa atuação será mais efetiva, mais rápida, porque não é possível que, em pleno século XXI, se pretenda coagir o empregado em relação ao seu voto", disse Alexandre de Moraes; 

Ele acrescentou que se reunirá com o vice-procurador-geral eleitoral, Paulo Gonet, para alinhar formas mais eficazes de combate o assédio eleitoral dentro das empresas.

“Essa atuação será mais efetiva, mais rápida, porque não é possível que, em pleno século 21, se pretenda coagir o empregado em relação ao seu voto”, disse Moraes antes de encerrar a sessão plenária do TSE, nesta quinta-feira (13).

“Alguns empregadores [estão] coagindo, ameaçando, concedendo benefícios para que seus funcionários votem em determinado candidato”, descreveu Moraes. “Isso é crime comum, isso é crime eleitoral, isso vai ser combatido e continua a ser combatido”, afirmou.

De acordo com o Ministério Público do Trabalho, já foram recebidas 212 ocorrências envolvendo assédio eleitoral em todo o Brasil. 

O levantamento indica que a região Sul lidera com folga o número de denúncias: foram 103 casos, sendo 42 deles no Paraná, 31 em Santa Catarina e 30 no Rio Grande do Sul. Na sequência vem a região Sudeste (43), Nordeste (31), Norte (18) e Centro-Oeste (17). 

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