O Comitê de Política Monetária (Copom) reduziu, nesta quarta-feira (20), a taxa Selic de 13,25% para 12,75% ao ano. Trata-se do segundo corte consecutivo de 0,5 ponto percentual (p.p.) feito pelo Banco Central. No comunicado emitido, a autarquia informou que o processo de redução dos índices de inflação da economia brasileira foi considerado para a queda e indicou o mesmo ritmo de cortes nas próximas reuniões.
Atualmente, a inflação dos últimos 12 meses está em 4,64%, dentro do intervalo do teto da meta de 4,75%.
Entenda os impactos
A variação da taxa Selic, seja em alta, manutenção ou queda, tem um impacto direto na economia e influencia as decisões dos agentes econômicos. Os principais impactos são observados no crédito e consumo.
Por ser a base de todas as outras taxas de juros praticadas pelo mercado, a queda na Selic afeta os preços praticados em contratos de financiamentos e empréstimos para os consumidores, empresas e governo. Assim, o acesso ao crédito fica mais barato e tomar empréstimos se torna mais acessível.
Repercussão em bancos
Após a publicação da decisão do Copom em reduzir a Selic em 0,5 p.p., bancos como a Caixa Econômica Federal e Banco do Brasil, por exemplo, já anunciaram redução em suas principais linhas de crédito e empréstimos.
Com a disponibilidade de crédito a taxas mais baixas, o consumo tende a crescer. Portanto, a diminuição da taxa Selic resulta em um aumento nas atividades de compra, estimulando o aquecimento da economia.
Na prática, para os consumidores, fica mais fácil comprar produtos e serviços porque as taxas de juros ficam mais baratas, portanto, os custos dos itens também.
Atenção aos investimentos
Além dos efeitos diretos em crédito e consumo, que são os mais esperados a partir de variação da Selic, a taxa também influencia diretamente nas decisões dos agentes econômicos em termos de investimentos, uma vez que os rendimentos pagos em renda fixa mudam, pois são controlados pela taxa.
Assim, a queda na Selic gera, por consequência, queda também nos retornos das aplicações em renda fixa, a exemplo dos CDBs e títulos do governo.