O chefe de uma das maiores milícias da Zona Oeste do Rio, Luiz Antônio da Silva Braga, o Zinho, disse que estava arrependido dos crimes que cometeu e que decidiu se entregar para cuidar da família. A afirmação é do secretário de Segurança Pública do Rio, Victor César dos Santos.
O criminoso se apresentou, neste domingo (24), horas antes das comemorações do Natal, após uma semana de negociações com os órgãos de segurança pública do Rio. Os detalhes das tratativas não foram divulgados.
A prisão de Zinho, que já está no presídio de segurança máxima Bangu 1, na Zona Oeste, foi comemorada pelo secretário executivo de Segurança Institucional do Governo Federal, Ricardo Capelli, que considerou inadmissível que quase um terço da cidade esteja sob o domínio da organização criminosa comandada pelo miliciano.
Zinho estava foragido desde 2018 e, contra ele, já havia pelo menos 12 mandados de prisão.
Há cerca de uma semana, o miliciano foi alvo de duas operações deflagradas pela Polícia Federal do Rio, com o objetivo de desarticular os braços financeiros e políticos da organização criminosa.
Uma delas culminou com o afastamento da deputada estadual Lucinha das funções parlamentares. Ela é acusada de usar o cargo político para beneficiar a milícia de Zinho. Além disso, as investigações apontaram que a deputada era chamada de "madrinha" pelos criminosos.