A Prefeitura do Rio decreta epidemia de dengue na cidade. Até o momento, o município registrou mais de 10.150 casos da doença, contra cerca de 22.900 ao longo de todo o ano passado.
Em uma semana de janeiro, a capital fluminense chegou a ter 3 mil casos de dengue, enquanto em janeiro do ano passado, o máximo registrado foi de 200 casos.
O secretário municipal de saúde, Daniel Soranz, explicou que a tendência é de que os casos continuem aumentando nos próximos meses.
Pela primeira vez na história, três variantes do vírus circulam no Rio: os tipos 1, 2 e 4. Segundo a Secretaria Municipal de Saúde, a maior quantidade de sorotipos aumenta as chances de infecção. O calor e as enchentes recentes em alguns pontos da cidade em decorrência das chuvas também influenciam o panorama atual.
A região de Campo de Grande e de Guaratiba, na Zona Oeste, é a que mais registra casos de dengue. Diante do cenário, a prefeitura anunciou 150 pontos de hidratação. Além disso, 20 leitos vão ser destinados para pacientes no Hospital Municipal Ronaldo Gazolla, na Zona Norte. O município anunciou ainda 16 carros fumacê pela cidade, além da criação de um centro de monitoramento.
Agentes da Prefeitura também vão entrar compulsoriamente em imóveis e terrenos, podendo multar e fazer a capina e mandar a conta para os proprietários, mas essa seria uma medida de exceção.
A expectativa da Prefeitura é começa a vacinar, ainda neste mês, crianças e adolescentes entre 10 e 14 anos, contra a dengue. 354 mil pessoas devem ser imunizadas.
O secretário municipal de Saúde Daniel Soranz também adiantou que um estudo vai ser realizado com moradores de Guaratiba, entre 20 e 40 anos, para avaliar a efetividade do imunizante em adultos no Brasil.
Segundo levantamento do município, a cada três casos de dengue, dois os mosquitos estão na casa do paciente.