O Rio de Janeiro tem um aumento de 600% nos casos de dengue nas três primeiras semanas do ano, na comparação com o mesmo período de 2023. Foram notificados quase 10 mil casos da doença em todo o Estado.
Em todo o Brasil, nos primeiros 12 dias de 2024, foram notificados mais de 120 mil casos prováveis de dengue. No ranking nacional, o Rio está em 8º lugar no panorama da doença.
A maior preocupação o momento é com o sorotipo 3 da dengue, fora de circulação no Estado desde 2007, mas já identificado em Minas Gerais e São Paulo. No Rio, até o momento, estão presentes somente os sorotipos 1 e 2.
Nesta sexta-feira foi apresentado o Plano Estadual de Combate à Dengue com as ações de enfrentamento à doença.
O governador Claudio Castro disse que a vacinação é uma parte importante do plano mas, destacou que depende do repasse dos imunizantes, que segundo o Ministério da Saúde, deve ocorrer em fevereiro.
O Plano Estadual de Prevenção à dengue também prevê a conversão de 160 leitos de nove hospitais de referência no estado para tratamento da dengue, como foi feito durante a pandemia de Covid-19.
80 salas de hidratação foram montadas nas unidades de saúde. Com investimento de 3,7 milhões de reais, os espaços têm capacidade para atender até 8 mil pacientes por dia.
O aumento dos casos de dengue também é observado na rede particular de saúde. Neste mês, a alta dos diagnósticos em hospitais da Rede D'Or, por exemplo, foi de 778% na comparação com o mesmo mês do ano passado.
A maior elevação proporcional foi verificada no pronto-atendimento de Jacarepaguá, na Zona Oeste do Rio, com 2.300% mais pacientes com a doença atendidos entre 1º e 20 de janeiro, em relação a igual período do ano passado.
Com as ações adotadas para o enfrentamento da doença, o governo do Rio espera atingir meta zero de mortes por dengue no estado neste ano.
De acordo com o Ministério da Saúde, a vacina contra a dengue vai ter um esquema vacinal com duas doses, com intervalos de três meses.