O governo ucraniano afirmou nesta quinta-feira (13) que os arredores de Kiev foram bombardeados por drones “kamikazes” de fabricação iraniana. O ataque com três destes equipamentos atingiu Makariv, a cerca de 50 quilômetros da capital do país. A munição não é tripulada e se autodestrói no contra seus alvos, dificultando a identificação da origem da fabricação.

Segundo as autoridades municipais, "instalações de infraestrutura" foram atingidas, mas não há relatos de mortos até então. Oleksiy Kuleba, governador da região de Kiev, afirmou no Telegram que equipes de resgaste trabalham nos locais atingidos.

O ataque é mais um da ofensiva russa após a explosão de uma ponte na Crimeia, área anexada em 2014 por Vladimir Putin.

O governo iraniano nega que tenha fornecido os drones a Moscou.

A primeira vez que as forças ucranianas relataram ter abatido o armamento foi no início de setembro. Os recentes ataques em pontos de infraestrutura sensível são apontados pela comunidade internacional como uma tentativa de diminuir a força militar de Kiev. Além da destruição, os equipamentos podem ser utilizados para vistoriar a área inimiga.

Nas últimas semanas, tropas ucranianas obtiveram vitórias em áreas já dominadas pela Rússia. O Kremlin anunciou que retomaria as localidades e que Donetsk, Lugansk, Khelson e Zaporíjia serão sempre integrantes do território russo. A comunidade internacional não reconhece as anexações realizadas por Putin.

O ataque desta quinta (13) acontece horas após a Assembleia-Geral da ONU condenar a anexação dos territórios da Ucrânia pela Rússia. A condenação foi aprovada por maioria ampla, foram 143 países a favor, 35 abstenções e cinco contra.