Os servidores federais devem fazer um novo ato no dia dois de fevereiro para continuar a pressão para conseguir um reajuste salarial para cerca de 40 categorias do governo.
Eles aguardavam o desfecho de uma reunião entre o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, e o ministro da Economia, Paulo Guedes, mas, segundo a pasta, o encontro foi de rotina e não houve nenhuma definição. O presidente do Sindicato Nacional dos Servidores do Banco Central, Fábio Faiad, admite que vai manter o diálogo com o governo, mas não descarta uma greve geral dos servidores nos próximos meses.
Eles reivindicam o aumento salarial depois que o presidente Jair Bolsonaro pediu que a equipe econômica arrumasse uma maneira de conceder novos benefícios às carreiras da Saúde e também aos policiais, como agentes da Polícia Federal e da Polícia Rodoviária Federal. Apesar da promessa de Bolsonaro por um reajuste às categorias, o vice-presidente Hamilton Mourão afirmou que nem o aumento prometido anteriormente está garantido.
Segundo os servidores, eles contam com uma perda salarial causada pela a inflação acumulada nos três últimos anos e, por isso, algumas categorias cobram um aumento de até 28% nos vencimentos. Segundo o Ministério da Economia, se fosse concedido esse aumento aos servidores federais, o gasto poderia chegar a R$ 84 bilhões. No entanto, o governo tem a previsão de usar, no orçamento de 2022, cerca de R$ 1,7 bilhões em reajustes salariais, justamente para as forças policiais.