Senadores querem orçamento secreto para garantir piso da enfermagem

Após paralisação da implantação do piso salarial para enfermeiros determinada pelo STF, Senado busca alternativas para liberar recursos

BandNews FM

Pacheco avaliou que a posição da Corte não sepulta o piso, mas o suspende.
Foto: Agência Brasil

Ainda sem total acordo entre líderes partidários, uma das propostas para financiar o piso salarial da enfermagem é a utilização de verbas do orçamento secreto. A ideia agrada tanto governistas, quanto também a oposição.

Em coletiva nesta segunda-feira (19), o líder da minoria, senador Jean Paul Prates destacou que este seria o caminho mais rápido para resolver o impasse. Entretanto, para isso, é necessária a aprovação de uma nova proposta de emenda à Constituição.

O parlamentar também pontuou que existe a possibilidade de pedir ao Supremo Tribunal Federal a liberação do piso para analisar o impacto ao decorrer dos próximos meses.

Líderes do Senado se reuniram nesta segunda (19) para discutir e buscar uma solução para o piso da enfermagem, que foi suspenso pelo STF para análise dos impactos da medida. Aprovado no Congresso, o piso de R$ 4750 para enfermeiros e patamares mínimos de salários para técnicos, auxiliares de enfermagem e parteiras.

As entidades de saúde alegam não ter como arcar com os custos do aumento e ameaçam demissões e fechamento de leitos caso o piso seja mantido.

O senador Randolfe Rodrigues afirmou que, ainda nesta semana, outras propostas deverão ser debatidas em nova reunião.

Na semana passada, o Supremo Tribunal Federal manteve suspensa a efetivação do piso. A partir disso, o Congresso Nacional começou a se movimentar para apresentar projetos que garantam fonte de custeio a estados, municípios, hospitais filantrópicos e privados.

Pacheco avaliou que a posição da Corte não sepulta o piso, mas o suspende.

A Confederação Nacional dos Municípios já afirmou que a fixação do piso pode levar a demissões ou cortes em verbas.

Em 4 de setembro, o ministro Luís Roberto Barroso deu 60 dias para que o governo federal, os Estados, o Distrito Federal e as entidades do setor informem sobre o impacto financeiro da medida, se a implantação envolve riscos de demissões e se pode afetar qualidade dos serviços prestados.

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