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Rei Charles pede para Brasil cuidar da Amazônia e Lula cobra ajuda

Presidente brasileiro também descartou trocar o comando da articulação política após derrota no Congresso

Rádio BandNews FM

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Foto: Divulgação/Ian Jones

Convidado para a coroação do Rei Charles III, em Londres, o presidente Lula revelou o teor de uma conversa durante a recepção real na qual conversou com o monarca britânico, coroado neste sábado (06). Pouco antes de embarcar para retornar ao Brasil, o chefe do Executivo brasileiro disse que o Rei Charles III pediu que ele “cuide da Amazônia”.

O presidente brasileiro reforçou o compromisso de zerar o desmatamento ilegal até 2030, mas cobrou das nações desenvolvidas a ajuda prometida há anos. Países do Reino Unido e os Estados Unidos estão entre as nações que anunciaram a destinação de R$ 500 bilhões para o chamado Fundo Amazônia. No entanto, desde 2008, o volume de recursos doados é de aproximadamente R$ 3,4 bilhões, sendo que quase R$ 3,2 bilhões vieram da Noruega. No mês passado, o presidente americano Joe Biden prometeu mais R$ 2 bilhões.

Ao lembrar que a promessa dos R$ 500 bilhões nunca foi cumprida, Lula também reforçou a candidatura do Brasil para sediar a Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas, a COP 30, em 2025. A ideia é realizar o evento no Pará. Antes, ainda neste ano, será realizada a primeira reunião com todos os países da América que possuem áreas da floresta amazônica, convite estendido aos franceses por causa da Guiana Francesa.

A passagem de Lula por Londres também resultou na de criação de um grupo de trabalho para buscar oportunidades de negócios entre brasileiros e britânicos.

Questionado por jornalistas em uma coletiva de imprensa, Lula também falou sobre a relação com o Congresso e descartou mudanças na articulação política. Nesta semana, o Planalto sofreu a primeira derrota na Câmara dos Deputados, que derrubou mudanças feitas pelo petista no Marco Legal do Saneamento.

Lula afirmou que não existe a possibilidade de tirar do ministro de Relações Institucionais, Alexandre Padilha, a tarefa de cuidar da relação com os parlamentares. No entanto, ele ressaltou que cobra de todos os ministros o cumprimento de promessas, admitindo que deputados federais tem reclamado da demora do governo para atender pedidos.

O presidente brasileiro também confirmou que pretende questionar na Justiça a privatização da Eletrobras e defendeu a ação da Advocacia-Geral da União que quer barrar alguns pontos da proposta aprovada na gestão passada. A empresa teve a venda de grande parte das ações do governo federal concluída em junho do ano passado e, na prática, o Estado deixou de ser acionista majoritário da companhia. Nesta semana, a AGU entrou com uma ação no Supremo Tribunal Federal, com assinatura também de Lula, questionando trechos da medida que autorizou a privatização.  O governo questiona as partes da lei da desestatização da Eletrobras que tratam sobre o poder de voto dos acionistas.

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