Quaest: Lula lidera com 44% contra 32% de Bolsonaro no 1º turno

Em eventual 2º turno, petista venceria por 51% a 37% contra atual presidente

Rádio BandNews FM

Pesquisa Genial/Quaest ouviu 2.000 pessoas, entre os dias 28 e 31 de julho
Fotos: Reuters

Nova pesquisa Genial/Quaest, divulgada nesta quarta-feira (3) mostra que Lula e Jair Bolsonaro oscilam dentro da margem de erro, e o petista se mantém na liderança da corrida ao Palácio do Planalto.

Segundo o levantamento, no primeiro turno, Lula aparece com 44% das intenções de voto contra 32% de Jair Bolsonaro.

Em julho, o petista tinha 45% e o presidente, 31% - a margem de erro é de dois pontos para mais ou para menos.

Ciro Gomes, do PDT, tem 5%; André Janones, do Avante, e Simone Tebet, do MDB, surgem com 2% cada. Pablo Marçal, do PROS, tem 1%.  

Vera Lúcia, do PSTU; Eymael, da Democracia Cristã; Felipe D'Ávila, do Novo; Luciano Bivar, do União Brasil; Sofia Manzano, do PCB; Leonardo Péricles, do Unidade Popular; e general Santos Cruz, do Podemos, não pontuaram.

Brancos e nulos somam 6%; outros 6% não sabem.

Na pesquisa espontânea, quando os nomes dos candidatos não são apresentados, Lula aparece com 33% e Jair Bolsonaro, com 26%. Ciro Gomes tem 1%, e 36% estão indecisos.

Em um eventual segundo turno entre Lula e Jair Bolsonaro, o petista venceria por 51% a 37%. Contra Ciro Gomes, o ex-presidente alcançaria 51% e o ex-ministro, 27%. Contra Simone Tebet, Lula atingiria 55% e a senadora, 22%.

A pesquisa Genial/Quaest ouviu 2.000 pessoas, entre os dias 28 e 31 de julho, e o nível de confiança é de 95%. O levantamento foi registrado no TSE sob o número BR-02546/2022.

ANÁLISE

Mesmo com as recentes oscilações dentro da margem de erro, a distância entre Lula e Jair Bolsonaro vem caindo lentamente, segundo o diretor da Quaest Pesquisa e Consultoria, Felipe Nunes.

Em entrevista à BandNews FM, o PhD em Ciência Política destacou que a diferença entre os dois candidatos era de 17 pontos em maio e, agora, está em 12 pontos, o que, segundo ele, impossibilita prever um eventual fim da eleição no primeiro turno.

Professor da UFMG e especialista em pesquisas de opinião e redes sociais, ele ainda ressaltou a importância do debate presidencial marcado para o dia 28 de agosto e que irá reunir um pool de veículos de comunicação: além do Grupo Bandeirantes, o portal UOL, o jornal Folha de São Paulo e a TV Cultura.

"Ainda não vimos uma discussão direta entre as candidaturas em torno dos projetos políticos que representam. A eleição no Brasil se transformou quase em um plebiscito entre manter ou não o atual presidente, com uma discussão menor em torno de que Brasil estamos discutindo e propostas concretas. Os debates são a oportunidade mais evidente para que o eleitor tenha espaço para ouvir seus candidatos falando de propostas", afirmou Felipe Nunes.

Questionado sobre a importância dos apoios que podem ser anunciados nos próximos dias e a desistência de candidatos, o diretor da Quaest Pesquisa disse que ainda há relevância nos movimentos, mas que "cada vez menos" o Brasil observa uma migração automática de votos.

Para ele, a maior chance de mudança aparece entre os eleitores de Ciro Gomes (PDT), Simone Tebet (MDB) e André Janones (avante).

Por fim, o professor da UFMG destacou a recuperação na imagem do governo Bolsonaro, que saiu de 56% em novembro de 2021 para 43% nessa pesquisa.

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