A população de Lisboa, capital de Portugal, passou a debater e criticar o poder público com os gastos para sediar a Jornada Mundial da Juventude e a chegada do Papa Francisco na região.
Mesmo que ainda não tenha sido revelado de maneira oficial, estima-se que os gastos com o evento, que começa amanhã e termina no dia 6 de agosto, deve chegar aos R$ 400 milhões.
O montante é considerado alto, especialmente num momento em que Portugal, e a Europa, em geral, sofrem com a alta na inflação.
Com a ida de milhões de religiosos e peregrinos para a capital portuguesa, os preços dos aluguéis na cidade tiveram uma forte alta.
Um artista português chegou a protestar contra a chegada do Papa e do evento, ao pintar um tapete com réplicas com notas de 500 euros em um altar que receberá o pontífice.
Há, ainda, quem acuse o governo português de produzir uma "faxina" na região central ao retirar moradores em situação de rua e não os realocando para espaços adequados.
Pesquisa recente realizada no país mostra que a maioria dos portugueses concorda com a realização da Jornada Mundial da Juventude em solo português, mas discorda da alta nos gastos públicos para custear o evento.
Posicionamento oficial
Embora alvo de críticas, o governo português afirma que muitas obras permanecerão como legado ao país, além do lucro que a capital terá com a ida de turistas para a região. Mesmo debilitado por conta de uma recente cirurgia, é esperado que o Papa ainda tenha uma agenda movimentada em sua passagem por Portugal.